sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Trabuco, do Bradesco, diz que este é um “momento de desconforto” com a Petrobras



O presidente do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco, disse na manhã desta quinta-feira que “há hoje um momento de desconforto com a maior empresa brasileira”, referindo-se à Petrobras. O executivo falou sobre o tema depois de ser questionado por jornalistas durante conferência para divulgação dos resultados do banco relativos a 2014. Trabuco minimizou o risco de contagio dos problemas da estatal e das empreiteiras envolvidas na Operação Lava Jato aos bancos, mas admitiu que este não é um assunto “trivial”.
— Há todo um circuito de produção que vai das construtoras, da cadeia produtiva do óleo e gás, do açúcar e álcool. Então, é um momento de reflexão, de mudança de procedimento, que tem a Justiça trabalhando na sua rotina, na sua decisão — afirmou, para completar: — O reflexo no sistema financeiro é de absoluto controle. Os bancos estão provisionados e têm estrutura de capital totalmente estruturado — disse.
Para reforçar sua argumentação, ele salientou que o nível de alavancagem dos bancos é baixo e que há garantias físicas envolvidas nas operações de crédito. O banco não detalha quem são seus clientes. Falando especificamente do Bradesco, Trabuco frisou que o banco está “bastante confortável” porque tem carteira de crédito diversificada, aperfeiçoa “constantemente” os sistemas de crédito e mantém bom nível de provisionamento.
O diretor de Relações com Investidores do Bradesco, Luiz Carlos Angelotti, acrescentou também que os níveis de provisão são “constantemente revistos” de acordo com as regras do Banco Central. Ele admitiu ainda que “qualquer ajuste já foi realizado”, acrescentando que não pode comentar sobre operações específicas. No ano passado, o banco registrou aumento da inadimplência maior que 90 dias nas operações de crédito às grandes empresas de 0,2 pontos percentuais, para 0,8%, na comparação com o número de dezembro de 2013. Às pessoas físicas houve redução de 0,3 pontos no mesmo período, para 4,7%.




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