terça-feira, 30 de outubro de 2012

Cremação ou Sepultamento? A Visão Judaica


Pergunta: Atualmente muitas pessoas têm pedido em testamento para serem cremadas após a morte, seja por causa dos altos custos de um sepultamento ou às vezes movidas simplesmente por desejos pessoais românticos. Qual é a posição do judaísmo sobre esse assunto?
Resposta: O processo de cremação consiste em incinerar o corpo e o caixão a uma temperatura de 1200º C, fazendo com que a madeira do caixão e as células do corpo evaporarem, passando direto do estado sólido para o gasoso. Esses restos são colocados em uma espécie de liquidificador que tritura os ossos durante meia hora. São esses resíduos que compõem as cinzas que sobram como lembrança dos restos mortais de uma pessoa cremada; um corpo de 70 quilos fica reduzido a menos de 1 quilo de restos mortais.

A cremação do corpo é totalmente proibida pelo judaísmo. “Tu és pó e ao pó retornarás” foram as palavras de D-us para Adam, o primeiro ser humano (Bereshit 3:19). A Lei judaica é inequívoca e intransigente em sua insistência para que o corpo, na sua totalidade, seja devolvido à terra.

Com a morte, a alma passa por uma dolorosa separação do corpo que até então lhe servira de abrigo. Esse processo de separação é concomitante à decomposição do corpo. A partir do momento em que o corpo é enterrado, ele desintegra-se paulatinamente, fornecendo desta forma um conforto à alma que está se liberando do corpo.

Mesmo que a vontade expressa pelo falecido tenha sido a de ter o seu corpo cremado, os parentes que zelam pelo bem da sua alma não devem cumpri-la de forma alguma. Para nós não há dúvida de que o próprio falecido, agora mais perto do Criador, deseja seguir a Vontade Divina.

E tem mais: pela Lei judaica, não se pode fazer Shivá (sentar em luto) por alguém que tenha sido cremado. Ele não pode ser merecedor da recitação do Kadish e suas cinzas não poderão ser enterradas em um cemitério judaico.

O modo judaico de lidar com a morte é parte integrante da filosofia de vida de que o corpo é um veículo para alma e deve ser respeitado mesmo após seu óbito. Não temos direito sobre nosso corpo! Ele nos foi emprestado para abrigar a alma e ao final de nossa vida devemos devolvê-lo.

Se cremado, o corpo se transforma em cinzas. Muito diferente de ser enterrado, quando o corpo retorna ao pó e se funde com a terra. O solo é fértil, as cinzas não. Solo possibilita novo crescimento e mais vida. Cinzas são estéreis e sem vida.

Torrar o corpo para transformá-lo em cinzas contraria a natureza. Mas o processo gradual do retorno ao solo através do sepultamento é natural e carrega um importante simbolismo: o falecimento de uma geração permite o brotamento de outra, e os vivos são nutridos e inspirados pelo legado daqueles que já se foram. Nossos antepassados são o solo do qual nós brotamos. Mesmo em sua morte, eles são uma fonte de vida!

Rabino Ilan Stiefelmann

 

Degustação de vinhos passo a passo

Quer descobrir se um vinho é encorpado, forte ou suave? Reconhecer sua a textura e bouquet ? Nosso expert somelier indicará os passos iniciais para entrar no mundo dos vinhos e transformar-se no rei (ou rainha) do saca-rolhas. Dicas básicas sobre a temperatura ideal, taças e a decantação.


Degustar vinho consiste em apreciar e decodificar a maior quantidade possível de sensações que esta bebida é capaz de nos causar. É importante levar em conta que o vinho não é feito para ser degustado e sim desfrutado, porque o ato de apenas “degustar” é absolutamente artificial e sem importância.

A distância que separa o “degustar” e o “desfrutar” é a mesma entre um bate-papo e um interrogatório judicial. Por falar em linguagem judicial, aconselho a todos a abordar o tema como se fosse um jogo e não como um juiz: o risco de você tomar o lugar do juiz é muito grande e segundo minha experiência, os resultados são sempre desaconselháveis e tremendamente chatos, a menos que esteja particularmente interessado em fazer um curso rápido em superficialidade e esnobismo.

Agora, se desvendar os mistérios do vinho como um jogo, a degustação nos permitirá refletir sobre os vinhos, conhecê-los melhor, e mais do que tudo, conhecer a nós mesmos. Porque todas as fases da degustação nos revelam verdades sobre o vinho, todas, até as mais sem sentido, nos revelam verdades a respeito de quem os formulou.

Então, vamos ao ponto: você está sozinho em frente a sua garrafa de vinho (ou várias) e quer que alguém o oriente na escolha. Espero poder ajudar.

Primeiros passos

Temperatura

Preste muita atenção à temperatura recomendada. Em muitos casos está indicada no rótulo da garrafa. Os tintos devem ser servidos entre 14 a 16º.C – quando são excepcionalmente descuidados. De 16 a 18º.C quando tiverem um pouco mais de corpo (a maioria dos vinhos do continente) e de 18 a 20ºC os mais encorpados.

Em todos os casos, a temperatura do vinho deve estar abaixo da temperatura ambiente. Muitas vezes, apenas alguns minutos de geladeira chegam à condição ideal. Para aqueles que não têm termômetros, tomem como base que uma bebida com 17º.C é bem “fresca”. Por exemplo, em minha geladeira doméstica, leva uns 30 minutos ou mais para que 750cm3 de vinho fique à esta temperatura em um dia nem muito frio e nem muito quente.

Para os vinhos brancos se recomenda que sejam servidos a uma temperatura entre 8 e 12º.C, seguindo um critério similar.

Em ambos os casos, um excesso de temperatura causará, entre outras coisas, a aceleração da vaporização do álcool, propiciando uma sensação pouco agradável (alcoólica e agressiva) em seu olfato. Ao contrário, as temperaturas demasiadamente baixas ocasionarão um “adormecer” dos aromas e sabores do vinho, neutralizando uma grande parte do trabalho realizado pelo enólogos.

Ah! É claro seria muito mais fácil pegar o vinho diretamente de uma adega onde temos uma temperatura constante e ideal. Acontece que se você tivesse em sua casa uma adega climatizada não estaria consultando esta matéria.

As taças

Por mais que a tendência de supervalorizar este tipo de utensílio me deixe muito nervoso, tenho que admitir que a taça é um ítem importante. Uma taça lisa, com uma silhueta de “tulipa” é adequada para a maioria dos casos. As taças para os vinhos tintos devem ser maiores que as utilizadas para vinhos brancos (contém um volume aproximado de meio litro) e as taças para as degustações profissionais são ainda menores que as anteriores.

Naturalmente, se contamos com alguns destes copos majestosos de cristal sem emenda, de borda lisa e fina (ao contrário daquelas reforçadas e grotescas taças de segunda linha) e com um pé fino, irrisório, a mesa automaticamente estará pronta para uma festa. Ao levantarmos e analisarmos, a sua fragilidade é até comovedora, é em si um início mágico para a degustação, mas de nenhuma maneira é essencial.

Por isto, voltemos à Terra: o fundamental é que o vidro seja liso e transparente, que o tamanho da taça, permita girar o vinhos por suas paredes comodamente, e quando possível, que a sua borda tenha a função de concentrar os aromas.

A decantação

É cada vez mais frequente nos restaurantes o uso de garrafas de cristal ou vidro transparente em que servem os vinhos substituindo as garrafas originais (principalmente os tintos). Algumas possuem um design maravilhoso, outros horríveis. O nome destes recipientes é “decanter”, como a famosa publicação britânica de vinhos. Em espanhol utilizam a palavra “decantador”, mas por algum motivo a forma inglesa é mais utilizada. Como seu nome já indica, utilizavam estas garrafas especiais para decantar os vinhos e evitar que as “sujeiras” de garrafas antigas chegassem às mesas e por conseqüência às taças.

Hoje em dia, em que não se tomam tantos vinhos antigos, e que as “sujeiras” não são freqüentes, se usa o decanter para favorecer o contato do vinho com o ar e assim favorecer a liberação de partículas voláteis (principalmente os tintos) . Se querem um pouco de gíria “snobbish”, o mesmo que “fazer respirar o vinho”, “que “faz oxigenar” o vinho.

Certamente este utensílio que deveria auxiliar, também têm seus inconvenientes. O primeiro é que possui uma verdadeira tendência a derrubar a última gota de vinho nas gravatas de mais de 200 dólares, nas golas dos ternos, nos vestidos das senhoras, por isto aconselho muita prudência e muito treinamento para não passar por estes vexames. O segundo é de ordem técnica. Ao ampliar a superfície de contato do vinho com o ar e com o recipiente em um dia de calor, o vinho passará em 3 minutos de 17º C ao, para os 29ºC do ambiente. O terceiro é que o se vinho é extremamente delicado, corre-se o risco de perder todo o seu aroma.

Para aqueles que não possuem decanter em casa, recomendo abrir o vinho (com no mínimo) duas horas de antecedência. Em todo caso, cabe ressaltar que o uso do decanter deve ser muito criterioso, e, da mesma forma que não utilizamos determinados utensílios só porque estão na cozinha, peço que evitem o uso do decanter só porque nosso chefe nos deu presente de Ano Novo.

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Atividade física na terceira idade pode prevenir encolhimento do cérebro

A atividade fisica regular na terceira idade pode ajudar a evitar o encolhimento do cérebro e outros sinais associados à demência, revela um novo estudo.
A pesquisa foi feita pela Universidade de Edimburgo, na Escócia, e analisou dados de 638 pessoas com 70 anos que foram submetidas a exames cerebrais.
Os resultados mostraram que aqueles que eram fisicamente mais ativos tiveram menor retração do cérebro do que os que não se exercitavam.
Por outro lado, os que realizavam atividades de estimulação mental e intelectual, como fazer palavras cruzadas, ler um livro ou socializar com os amigos, não tiveram efeitos benéficos em relação ao tamanho do cérebro, constatou o estudo, publicado na revista Neurology.

DETERIORAÇÃO
A ciência já provou que a estrutura e funcionamento do cérebro se deterioram com o passar dos anos.
Também são inúmeros os registros na literatura médica de que o cérebro tende a encolher com o envelhecimento.
Tal encolhimento está ligado a uma perda de memória e das capacidades cerebrais, dizem as pesquisas.
Os estudos têm mostrado que as atividades sociais, físicas e mentais podem contribuir para a prevenção desta deterioração.
No entanto, até agora não tinham sido realizados amplas pesquisas com imagens cerebrais para observar essas mudanças na estrutura do cérebro e seu volume.
Segundo o estudo, que levou três anos para ser concluído, o médico Alan Gow e sua equipe pediram aos participantes que levassem um registro de suas atividades diárias.
No final desse período, quando completaram 73 anos, os participantes passaram por scanners de ressonância magnética para analisar as mudanças no cérebro.
Depois de levar em conta fatores como idade, sexo, saúde e inteligência, os resultados mostraram que a atividade física estava "significativamente associada" com a menor atrofia do tecido cerebral.
"As pessoas de 70 anos que fizeram mais exercício físico, incluindo uma caminhada, várias vezes por semana, apresentaram uma retração menor do cérebro e outros sinais de envelhecimento da massa cerebral do que aqueles que eram menos ativos fisicamente", exlicou Grow.
"Além disso, nosso estudo não mostrou nenhum benefício real no tamanho do cérebro com a participação em atividades mental e socialmente estimulantes, como observado por imagens em scanners de ressonância magnética durante os três anos de estudo", acrescentou.
Segundo o pesquisador, a atividade física foi também associada a um aumento no volume de massa cinzenta.
Esta é a parte do cérebro onde se originam as emoções e percepções. Em estudos anteriores, essa região está relacionada à melhora da memória de curto prazo.
Quando os cientistas analisaram o volume de substância branca, responsáveis pela transmissão de mensagens no cérebro, descobriram que as pessoas fisicamente ativas tinham menos lesões nessa área do que as que se exercitavam menos.

CAUSAS
Embora estudos anteriores já tenham mostrado os benefícios do exercício para prevenir ou retardar a demência, ainda não está claro os motivos por que isso acontece.
Os pesquisadores acreditam que as vantagens da atividade esportiva podem estar ligadas ao aumento do fluxo de oxigênio no sangue e de nutrientes para o cérebro.
Mas uma outra teoria é que, como o cérebro das pessoas encolhe com a idade, elas tendem a se exercitar menos e, assim, acabam tendo menos benefícios.
Seja qual for a explicação, dizem os especialistas, os resultados servem para comprovar que o exercício físico é benéficio para a saúde.
"Este estudo relaciona a atividade física à redução dos sinais de envelhecimento do cérebro, sugerindo que o esporte é uma forma de proteger a nossa saúde cognitiva", disse Simon Ridley, da entidade Alzheimer's Research no Reino Unido.
"Embora não possamos dizer que a atividade física é o fator causal deste estudo, nós sabemos que o exercício na meia idade pode reduzir o risco de demência futura", acrescentou.
"Vai ser importante acompanhar tais voluntários para ver se essas características estruturais estão associadas com maior declínio cognitivo nos próximos anos", disse.
"Também será necessário mais pesquisas para saber detalhadamente sobre por que a atividade física está tendo esse efeito benéfico", afirmou.
Já o professor James Goodwin, da organização Age UK, que financiou a pesquisa, disse: "Este estudo destaca novamente que nunca é tarde para se beneficiar dos exercícios, seja uma simples caminhada para fazer compras ou um passeio no jardim", concluiu.
"É crucial que, se o fizermos, permanecer ativo à medida que envelhecem", acrescenta.

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Injeções para aumentar o Ponto G vira moda nos EUA

Para o público leitor feminino:

Você pagaria mil dólares por uma injeção que, suspostamente, aumenta o seu prazer sexual?

Pois as mulheres da Costa Oeste dos EUA, sim!


Está virando moda entre elas uma injeção no Ponto G, contou a revista "Fabulous".

O procedimento, chamado de "almoço", envolve a injeção de um hialuronato (um preenchimento à base de colágeno comumente encontrado em produtos de beleza para a pele) diretamente no Ponto G.

Os médicos dizem que a técnica é indolor e só leva poucos minutos.

A ideia é simples: um Ponto G aumentado garantiria um maior prazer durante o sexo e orgasmos vaginais mais intensos.

David Matlock, ginecologista que criou a técnica, disse que organiza todo mês em sua clínica em Los Angeles as "Festas do Ponto G" para atender mulheres atrás de maior prazer sexual.


O estresse está ligado ao surgimento de diversas doenças

Fatores inerentes a essa condição, como cansaço extremo, depressão e ansiedade , aumentam a ocorrência de problemas na pele, no cabelo e nas unhas, aponta a Associação Americana de Dermatologia.

Uma das doenças de pele mais ligadas aos fatores emocionais é a psoríase , devido à liberação de substâncias que seguem até o cérebro diminuindo as quantidades de serotonina, noradrenalina e a dopamina, neurotransmissores que ajudam a equilibrar as emoções.
“Quando uma pessoa com psoríase fica estressada os sintomas cutâneos podem ser agravados, piorando o estado emocional”, explica a dermatologista Karla Assed.

Outra doença intimamente ligada ao estresse é a dermatite seborreica. Entre os sintomas mais comuns estão caspa, coceira no couro cabeludo e descamação nos supercílios, nos ouvidos ou na região em volta do nariz. É bem comum em todas as fases da vida, independentemente do sexo, principalmente entre as pessoas com pele e cabelos oleosos.
O tratamento para os problemas agravados pelo estresse varia, claro, de acordo com a doença. “Cada doença dermatológica ocasionada pelo estresse tem um tratamento próprio. Além do foco na pele, pode-se, dependendo de cada caso, associar um acompanhamento psicológico, para melhorar a autoestima e aliviar o estresse. Dessa maneira, pode-se evitar o agravamento ou o reaparecimento do problema de pele”, diz a dermatologista.

Psoríase – é uma doença inflamatória crônica que causa o aparecimento de manchas vermelhas e descamativas na pele. Afeta aproximadamente 3% da população mundial e é bastante frequente entre homens e mulheres, principalmente na faixa etária entre 20 e 40 anos. Até hoje não se sabe com exatidão a origem da doença, mas pesquisas científicas vêm mostrando que em 30% dos casos o fator genético está envolvido. No entanto, estresse emocional, traumas ou irritações na pele, infecções na garganta, baixa umidade do ar ou alguns medicamentos podem aumentar ou iniciar os surtos a doença.

Manchas do vitiligo: doença pode ser agravada pelo estresse
Vitiligo – doença não contagiosa que causa a perda da pigmentação natural da pele. Aparece em formas de manchas brancas de diversos tamanhos e formatos.

Dermatite de contato alérgica –  algumas substâncias, quando em contato com a pele, podem causar lesões avermelhadas que coçam e produzem gotas d´água no local. Essas são as características de uma dermatite de contato alérgica, e o contato com essas substâncias deve ser evitado.

Dermatite seborreica – doença crônica que se manifesta em partes do corpo onde existe maior produção de óleo pelas glândulas sebáceas ou a presença de fungos. Ela se manifesta sob a forma de lesões avermelhadas que descamam e coçam principalmente no couro cabeludo, sobrancelhas, barba, região próxima do nariz, atrás e dentro das orelhas, no peito, nas costas e nas dobras de pele (axilas, virilhas e abaixo dos seios).

Acne – ela se manifesta pelo aparecimento de cravos e espinhas causados pelo aumento da secreção sebácea e obstrução dos poros. Face e costas são as áreas mais afetadas.

Herpes – infecção causada por um vírus. Gera feridas doloridas que desaparecem e voltam em períodos alternados, geralmente quando a imunidade está muito baixa.
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Hiperidrose – disfunção do sistema nervoso que leva a pessoa a eliminar suor excessivamente em determinadas regiões do corpo como pés, mãos e virilha.
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“Hormônio do amor” pode tratar dores crônicas

A dor é um dos sintomas mais misteriosos da medicina. A origem e o tratamento ainda não são bem definidos pela ciência, o que pode fazer com que alguns pacientes convivam anos com a experiência dolorida, frequente e limitadora, sem solução em analgésicos ou qualquer outro medicamento.


Quando a dor não é sequela de uma artrite, enxaqueca ou lesão e passa a ser a doença em si ela recebe o nome de fibromialgia .

A estimativa de ensaios feitos pela Faculdade de Saúde Pública de São Paulo é que, em média, três em cada dez brasileiros sofram deste mal, caracterizado pelas dores disseminadas no corpo todo e sem causa aparente. O impacto no bem-estar é tamanho que grupos das principais universidades brasileiras se debruçam sobre o tema para encontrar solução. Neste cenário, um dos caminhos avistados pelo médico especializado em saúde pública da Flórida (EUA), endocrinologista e uma das maiores autoridades em fibromiagia do planeta, Jorge Flechas, está na utilização da “terapia do amor”.

Há 20 anos, Flechas começou a estudar os efeitos da reposição da ocitocina, popularmente chamada de hormônio do amor, para pacientes com fibromialgia. O ponto de partida do médico eram as várias áreas do cérebro que reagem na metabolização hormonal da ocitocina.

Estudando o corpo, ele atestou que o hormônio – liberado durante a amamentação, relação sexual e namoro, por exemplo - promovia uma queda da pressão arterial, relaxava o corpo e melhorava a circulação sanguínea. Além disso, a parte cerebral chamada amígdala, responsável por estimular o sistema nervoso e promover, em alguns casos, episódios doloridos, ficava “anestesiada”. Além disso, ele acompanhou mulheres com fibromialgia que, quando engravidavam, ficavam livres dos sintomas doloridos. Para ele, a associação à ocitocina, produzida ainda mais na gestação, ficou evidente.

Diante disso, passou a estudar aplicações da injeção em pacientes com dores crônicas e também em mulheres com falta de apetite sexual. O método é experimental e as pesquisas ainda estão em andamento.

O médico Jorge Flechas pesquisa o uso do hormônio do amor no tratamento das dores crônicas

Na última semana, Flechas esteveem São Paulo para divulgar a eficiência e a versatilidade do hormônio do amor. Ele quer expandir o uso e as pesquisas não só para a fibromialgia, mas também para o autismo e as disfunções sexuais de homens e mulheres.

Durante o congresso II Congresso Latino-Americano da World Society of Anti-Aging Medicine (WOSAAM), ele concedeu a seguinte entrevista:

A ocitocina é chamada de hormônio do amor. Por que esta substância é tão versátil, podendo melhorar os sintomas de doenças tão diversas como fibromialgia e a disfunção sexual?

Flechas: Parte da sua pergunta reside no fato de que ninguém na comunidade médica mundial estudou a deficiência da ocitocina sem ser no trabalho de parto ou na função sexual. As implicações podem ser inúmeras e não estarem restritas só à fibromialgia. O fato do hormônio ser encontrado em alguma parte do corpo ou desempenhar alguma função não quer dizer que o mesmo hormônio não desempenhe outras funções tão ou mais importantes do que as que conhecemos. Existem receptores de ocitocina em várias partes do cérebro, atuando em diversas funções corporais, por causa de propriedades bastante abrangentes desta substância. Uma das funções da ocitocina está em ajudar uma mãe a ensinar seu bebê amar, o que acontece nos três primeiros anos de vida da criança. O autismo infantil pode ser diagnosticado pela total ausência de ocitocina. Em adultos autistas, a falta de ocitocina causa disfunção sexual (falta de interesse). Quando administrada a partir de uma fonte externa (injeção ou spary nasal), a ocitocina age na diminuição de produção de outras substâncias (como o cortisol, hormônio do estresse).



Como foram feitos os estudos que relacionaram o uso do hormônio e a fibromialgia? Quais são os resultados?

Flechas: Os estudos em andamento, tanto para homens quanto para mulheres, acontecem com base em evidências colhidas por meio de testes feitos em centros de estudos para o tratamento da fibromialgia. Parte do grupo recebe hormônios e parte recebe placebo (depois são comparados os episódios de dor enfrentados durante a semana pelos participantes do estudo). O tratamento com ocitocina não acontece da mesma forma para todos os pacientes. Cada caso é um caso e a dose a ser ministrada depende do objetivo de tratamento.



Um dos problemas da reposição hormonal são os efeitos adversos futuros. Pesquisas já relacionaram a utilização dos hormônios ao aparecimento de tumores, por exemplo. Os riscos do uso a longo prazo da ocitocina já estão mensurados?

Flechas: Não há contraindicação para o uso da ocitocina, muito pelo contrário. Estudo o tema há mais de 20 anos, e posso garantir que na verdade, o que acontece é justamente o contrário. Hoje tratamos o câncer de mama com ocitocina (há pesquisas que relacionam a reposição à melhora das dores do câncer). O hormônio pode baixar a produção de adreno-cortisol, associado a várias doenças.



quinta-feira, 25 de outubro de 2012

O drink de James Bond

O mais clássico, amado e requisitado drink do mundo. Com sua receita simples e seu toque sofisticado, o Dry Martini tornou-se obrigatório em qualquer bar de requinte. Consumido mundialmente, o drink foi imortalizado nos filmes do espião inglês James Bond, nos cinemas. O Dry Martini foi inventado em 1910, no Hotel Knickerbocker, de Nova York, pelo barman Martini de Arma di Taggia, e é aristocrático em sua origem. Ele surgiu por exigência do magnata norte-americano John D. Rockefeller, que queria degustar um drink ao mesmo tempo simples e sofisticado. Barman experiente, Martini testou várias combinações até chegar a esta criação, que conquistou Rockefeller e os demais freqüentadores do hotel, como o tenor Enrico Caruso. A partir daí, a combinação de gim, vermute e azeitona conquistou o mundo.

Até os dias de hoje, uma grande polêmica impera sobre a receita original do Dry Martini. Sempre surgiram dúvidas sobre a quantidade correta de gim e vermute que devem ser colocados na bebida, na mesma dosagem feita pelo criador do drink. Esta questão, aliás, não chega a ser esclarecida no livro do norte-americano John Doxat, Stirred, Not Shaken (Mexido, Nunca Agitado, em português). O escritor relata que a quantidade ideal do vermute, para uma dose de gim, é apenas a da sombra da garrafa sobre o copo, ou seja, apenas "um cheiro". Esta controvérsia também faz parte das páginas de outra obra literária, desta vez do grande cineasta espanhol Luis Buñuel, fã ardoroso da bebida. Em seu livro de memórias, Meu Último Suspiro, a receita descrita por ele continha poucas gotas de vermute Noilly Pratt sobre pedras de gelo. A dose de gim era acrescentada depois. O personagem James Bond degusta uma variante da bebida em todos os filmes da série, que levava vodca e vermute, "sempre mexido".
Polêmicas e receitas diferenciadas à parte, o Dry Martini tem uma obrigatoriedade: deve ser bem seco e servido em uma taça de haste fina e borda delicada. Os apreciadores da bebida dizem que essa característica dá um "sabor de viagem" ao drink, pois nasceu em uma das cidades mais cosmopolitas do mundo, a democrática e multifacetada Nova York.

RECEITA DO DRY MARTINI
 Ingredientes
1 dose de Gim
5 gotas de vermute
6 pedras de gelo

Preparo
Primeiramente, deixe a taça no congelador por alguns minutos. Enquanto isso, prepare o drink no copo-misturador, mais conhecido como mixing glass. Ponha entre quatro e seis pedras de gelo inteiras, evitando pedaços picados, pois eles derretem facilmente. Retire o excesso de água das pedras do gelo. Despeje uma dose generosa de gim (inglês, de preferência) sobre o gelo. Em seguida, acrescente cinco gotas de vermute, de preferência o clássico francês Noilly Pratt. Com uma colher longa (mais conhecida como bailarina), mexa o conjunto com movimentos rápidos e vigorosos. O drinque é apenas mexido, nunca batido. Retire a taça do congelador e despeje o líquido utilizando um coador de bar. Para decorar, corte uma fina casca de limão, sem a polpa branca, torça a casquinha para que o sumo do limão caia sobre a mistura. Por fim, espete uma azeitona verde em um palito, coloque-a no fundo da taça e sirva.

Quanto custa ser princesa?

A revista Vogue da Austrália fez um levantamento de quanto a Catherine Middleton gasta durante um ano para manter a aparência digna de duquesa. Numa lista que inclui roupas, maquiagem, perfume, gastos no salão e na esteticista, a conta chega a quase meio milhão de reais*.
Segundo a publicação, em seis meses, Kate gastou R$ 160 mil em roupas. No ano, a quantia seria de R$320 mil.
Para manter o corpo esbelto com o qual desfilas roupas de grifes como Alexander McQueen, Kate terá que gastar, em média, R$ 5.910,00, por ano, em uma das academias localizadas no centro de Londres. Isso se a duquesa de Cambridge não quiser usar uma das salas de ginásticas disponíveis nas casas da realeza inglesa.
Para cuidar da pele, Catherine faz um tratamento à base de veneno de abelha. A aplicação, feita a cada 15 dias, custa R$ 729,57.
A manutenção das longas madeixas custam, por semana, R$197 aos bolsos reais de Kate. Além de fazer escova três vezes por semana, ela também é adepta das hidratações à base de queratina. Apesar de longos, os fios da duquesa são aparados com frequência, no que ela gasta R$709. Segundo a revista australiana, Kate vê as tesouras cerca de dez vezes no ano, o que faz o valor subir para mais de R$7.000.
Além da escova, da hidratação e do corte, o tom chocolate dos fios de Kate precisa ser retocado a cada dois meses. Totalizando um gasto de R$8.790 ao ano.
A revista também contabilizou o que Kate deve gastar com maquiagem. A marca Bobbi Browm é a preferida da duquesa. A nécessaire (renovada a cada dois meses) com base, batom e gloss custa mais de R$2.200 por ano.
Com cremes para a pele Cleanser Professional (R$146), Vita-A-Kombi dia e noite (R$222), Vita-A-Kombi 3 Zapper Spot (R$93) e a Face Cream Oxigênio (R$158), Kate irá gastar mais de R$3.700 se comprá-los a cada dois meses.
A revista também inclui sessões de bronzeamento nos gastos de beleza de Kate. A aplicação semanal sai por pouco mais de R$ 350. Gerando um custo de mais de R$ 36.500 ao ano.
Para finalizar o visual, as unhas de Kate, feitas semanalmente pela manicure Marina Sandoval, custam mais de R$19 mil durante todo o ano.
Nessa montanha de gastos, o preço para ficar cheirosa é até módico. Kate gasta cerca de R$ 900 com dois frascos do perfume Illuminum's White Gardenia Petals por ano.
Fechando a conta fashion de Kate Middleton, a duquesa gasta pouco mais de R$465 mil por ano para se manter linda.
*valores convertidos de dólares australianos para reais (1 dólar australiano = R$2,93)

Pornógrafos na política dos EUA

A primeira casa que visitei nos Estados Unidos foi a do fundador e dono da Reader's Digest, um dos maiores sucessos da história da imprensa mundial e principal patrocinador da bolsa que me trouxe em 1968.
DeWitt Wallace era um republicano conservador, multimilionário e generoso contribuinte do governo Nixon.
A bolsa tinha sido criada no começo da década de 60 com objetivo de atrair jornalistas de tendências esquerdistas e "lavar" noções antiamericanas, dominantes no meu grupo.
A casa de Wallace ficava a uma hora ao norte de Nova York num cenário extraordinariamente rico e lindo, perto da sede da "Reader's Digest". Um paraíso e um choque cultural.
O presidente Reagan dizia que se conseguisse levar os líderes soviéticos para um passeio de helicóptero pelos afluentes subúrbios americanos destruiria o comunismo.
A segunda casa que visitei, três dias depois, durante a convenção do Partido Democrata em Chicago, me deu outro tipo de choque cultural.
Foi a "mansão" de Hugh Hefner, dono do império Playboy. Todas as noites, depois do gás lacrimogêneo, das pancadarias nas ruas entre a polícia e a juventude desatinada, dos tumultos da convenção, políticos, intelectuais e jornalistas enchiam as salas de Hefner que às vezes dava as caras com seu robe, pijama, chinelos de flanela e cachimbo.
As "coelhas" também estavam lá, mas não davam choque. Tão perfeitas e sorridentes, pareciam bonecas de plástico.
Hefner sempre se identificou com os políticos liberais, obamista devoto, convidou o presidente para visitar a mansão em 2008. Ele achava que a vitória de Obama traria o fim da religião em política. Não imaginava o Tea Party.
Na década de 70 passei dias na revista Playboy numa reportagem para "Manchete", estive na mansão de Los Angeles mas nunca entrevistei Hefner que hoje esta com 86 anos, obamista, saudável, casado com uma mulher 60 anos mais nova. A revista ainda circula.
Entrevistei o pornógrafo Bob Guccione na "mansão/apartamento" dele de 2.000 metros quadrados em Manhattan. Ele lançou a revista Penthouse na Inglaterra e, quatro anos depois, nos Estados Unidos.
Bombava na década de 70. Foi o primeiro a mostrar pentelhos mas a revista não vendia só pelo nu frontal. O conteúdo de reportagens era mais ousado do que Playboy com matérias dos melhores jornalistas investigativos sobre corrupção em Washington.
Guccione era um liberal democrata mas, com a revista em crise, no fim dos 90, tentou convencer Monica Lewinski a posar nua para a revista. Muito gorda.
Chegou a acumular uma fortuna de US$ 400 milhões, financiou filmes importantes e bem sucedidos como "Chinatown" e "The Day of the Locust" mas a pornografia de graça online matou a revista.
O império declarou falência em 2003. Ele foi afastado, empobreceu e morreu em 2010, com 79 anos de um câncer que começou na boca. A revista ainda circula.
Larry Flynt foi mais pornográfico que Hefner e Guccione e hoje é também conhecido como defensor dos direitos civis e da liberdade de imprensa.
Criador da revista "Hustler", continua ativo na pornografia e na política. Larry, que faz 70 anos na próxima semana, começou com um bar de strip-tease e em poucos anos tinha um harém de 300 dançarinas espalhadas pelas cidades de Ohio.
Suas provocações provocaram dezenas de processos, um tiro de um supremacista branco que o deixou paralítico da cintura para baixo, dramas familiares e um ótimo filme dirigido por Milos Forman, "O Povo contra Larry Flynt".
Larry mostrava muito mais do que pentelhos. A revista mostrou fotos de Jacqueline Kennedy Onassis nua, tinhas ensaios fotográficos sobre sexo entre paraplégicos, velhos, mulheres grávidas, grupal e com instrumentos eróticos.
Uma das principais batalhas legais dele foi contra o influente reverendo Jerry Falwell, um republicano conservador. Processou Larry por causa de uma charge que sugeria relações incestuosas entre o reverendo e a mãe.
Falwell pediu prisão por difamação e indenização de US$ 45 milhões. A decisão foi parar no Supremo com vitória do pornógrafo.
Desde então, os famosos e poderosos não podem processar cartunistas, artistas nem comediantes, por causa de insultos e deboche.
Graças a ele o humor não tem limite na mídia. Aqui. Fora dos Estados Unidos, a história pode ser diferente, como vimos na reação muçulmana sobre o vídeo de Maomé.
Larry passou vários dias na prisão quando compareceu a um tribunal usando a bandeira americana como fralda. Além de preso, foi multado pelo insulto mas recorreu e a decisão foi revertida.
A fralda foi um deboche menor e mais barato do que suas campanhas contra políticos e candidatos conservadores.
Clintoniano e irritado com a hipocrisia dos republicanos, ofereceu US$ 1 milhão a quem denunciasse transgressões conjugais dos que perseguiam o presidente.
Terminou a carreira de um senador e impediu o avanço de outros políticos.
A revista que chegou a vender 3 milhões de exemplares por mês, hoje circula com 500 mil. Larry Flynt faz fortuna com lojas de roupas e equipamentos eróticos, um cassino e uma rede de filmes pornográficos em 55 países.
Em setembro, Flynt comprou páginas no Washignton Post, USA Today (o The New York Tiimes recusou o anúncio) e jornais na Suíça, Cayman e Bermuda, oferecendo US$ 1 milhão a quem produza as declarações dos impostos de renda de Mitt Romney que revelou apenas duas, de 2010 e 2011, dos últimos 10 anos. Larry Flynt acha que o republicano é um bilionário com fortunas escondidas em paraísos fiscais.
Hoje, nem os mórmons, como Mitt Romney, levam choques culturais pornográficos, como mostrou um dos melhores seriados americanos sobre poligamia: Mas nos próximos doze dias, um choque fiscal surpresa de outubro, pode definir a eleição.

Abstenção nas urnas reduz peso de voto latino nos EUA

Disputada pelos dois candidatos à presidência dos Estados Unidos, o democrata Barack Obama, que tenta a reeleição, e o republicano Mitt Romney, que ensaia a primeira ida à Casa Branca, a comunidade latina é, apesar de seu tamanho, uma das que menos comparece às urnas.
Embora 23,7 milhões de latinos tenham se registrado para votar nas eleições deste ano, 4,2 milhões a mais do que no último pleito presidencial de 2008, nem todos devem exercer seu direito de voto.
"O problema é que os latinos raramente votam em números que refletem seu potencial. Há quatro anos, apenas metade dos eleitores registrados compareceram às urnas, contra 65% dos negros e 66% dos brancos", disse à BBC Mundo, o serviço espanhol da BBC, Mark Hugo López, diretor associado do Centro Pew hispânico, uma das mais conhecidas entidades responsáveis por pesquisas de intenção de voto nos EUA.
Para reverter tal quadro, voluntários de organizações sem fins lucrativos vêm, desde o início do ano, tomando as ruas das principais cidades americanas para promover a participação cívica da comunidade latina.
Uma delas é a "Mi Familia Vota", que se define como uma organização sem fins lucrativos que trabalha para "unir a comunidade latina e seus aliados para promover justiça econômica e social por meio de uma crescente participação civil".
Francisco Heredia, diretor do braço da entidade para o Estado americano do Arizona, vangloria-se de já ter batido em mais de 55 mil portas nos últimos cinco meses. Seu objetivo é convencer os latinos, casa por casa, de que seu voto "faz diferença".
"É uma estratégia muito básica. Eu bato em portas e vou às lojas de latinos para registrar aqueles que estão aptos a votar", disse Heredia à BBC Mundo.
Nos Estados Unidos, onde o voto não é obrigatório, é preciso que o eleitor se registre antes caso queira votar.
Adrián Landa é outro que está envolvido em uma missão semelhante: ele passa horas no porão de uma casa no leste de Los Angeles, onde funciona os escritórios da ONG Innercity Struggle.
Ali, junto com um grupo de mais de 20 pessoas, ele passa horas ao telefone, buscando mobilizar eleitores de sua comunidade.
"As pessoas normalmente estão abertas a nos ouvir; elas querem ver mudanças", afirmou Landa. "Mas não sabem ou não tem informações suficientes sobre o processo eleitoral", acrescenta o voluntário, cuja equipe entrou em contato com mais de 10 mil pessoas em apenas um mês.
Enquanto uns trabalham para registrar novos eleitores, outros lembram aos já registrados para usar seu direito de voto. Ao fim e ao cabo, o objetivo é o mesmo: ampliar o peso do voto latino nas eleições americanas e, com isso, aumentar o poder de barganha da comunidade sobre o candidato eleito.
DESAFIO
O desafio é grande. Segundo López, do Centro Pew, um relatório desenvolvido por ele e publicado há poucos dias dá dimensão do que pode acontecer no próximo dia 6 de novembro: uma diferença gritante entre os latinos que estão aptos a votar e os que realmente comparecerão às urnas.
Dados da pesquisa mostram que três em cada quatro que estão inscritos dizem ter "certeza absoluta" que vai votar.
A taxa, entretanto, não é tão alta quanto parece. A média nacional, por exemplo, é de 89%.
Outro obstáculo é o índice de eleitores registrados dentro da comunidade.
"Enquanto 74% da população anglo-saxã é registrada, a proporção entre os latinos é inferior a 55%", disse Michael Munger, cientista político da Duke University.
Em outras palavras: não apenas menos latinos se registram para votar como os já registrados também participam menos do processo eleitoral.
Além disso, especialistas acrescentam outro dado importante. Mais da metade dos latinos que mora nos Estados Unidos está fora da disputa porque ora não tem cidadania, ora estão em situação irregular, ou mesmo só tem uma autorização temporária de residência.
Com isso, o número de latinos aptos a votar deve oscilar, segundo analistas, entre 10 a 12 milhões, contra um total de 24 milhões de eleitores potenciais.
MOTIVOS
Mas como explicar o distanciamento da principal comunidade de imigrantes do processo político nos EUA?
Especialistas creditam parte da resposta ao questionamento a uma característica demográfica: os jovens.
A maioria dos eleitores latinos ainda é nova, ou seja, habilitada para participar pela primeira vez neste ano, e tem entre 18 a 29 anos.
Nessa parcela da população, lembram os estudiosos, existe um interesse pela política menor do que no eleitorado mais velho.
"É um processo longo; é preciso convencer esses eleitores de que seu voto pode afetar seu cotidiano", afirmou Maria Duarte, da organização Galeo, responsável pela campanha "Orale!" para incentivar a participação latina a comparecer às urnas.
Outro fator provável, apontam os especialistas, é de natureza regional: cerca de 50% dos eleitores latinos moram no Texas e na Califórnia, dois estados que não recebem muita atenção dos candidatos porque seus resultados já são historicamente conhecidos antes das eleições. O Texas tem uma inclinação republicana enquanto que a Califórnia, democrata.
"Estados pêndulo não são considerados e, portanto, neles há menor esforço de mobilização de eleitores por partidos", explicou López, do Centro Pew.
Outros analistas, no entanto, atribuem a menor participação eleitoral dos latinos especialmente à economia: o desemprego e a crise imobiliária têm forçado muitos latinos a se mudarem. Assim, muitos acabam perdendo o registro quando expira o prazo para alteração do endereço de residência.
E ainda há um grupo de especialistas que creditam o fenômeno ao próprio "desencantamento" da comunidade com o futuro do país, depois de uma série de ajustes em planos sociais dos quais muitos eram beneficiários.
O desgaste sofrido pelo presidente Obama em seus primeiros quatro anos de mandato tem cobrado seu preço: os latinos que, tradicionalmente, votam em candidatos democratas, nesta campanha, não se reuniram em torno do nome do presidente americano, que não conseguiu atingir os níveis de adesão na comunidade como em 2008.
Os últimos levantamentos do Pew revelam, no entanto, que o voto latino dificilmente traria surpresas no dia da eleição: de cada quatro integrantes da comunidade registrados, três afirmaram que votarão em Obama, contra apenas um em Romney.

Atividade física na terceira idade pode prevenir encolhimento do cérebro

A atividade física regular na terceira idade pode ajudar a evitar o encolhimento do cérebro e outros sinais associados à demência, revela um novo estudo.
A pesquisa foi feita pela Universidade de Edimburgo, na Escócia, e analisou dados de 638 pessoas com 70 anos que foram submetidas a exames cerebrais.
Os resultados mostraram que aqueles que eram fisicamente mais ativos tiveram menor retração do cérebro do que os que não se exercitavam.
Por outro lado, os que realizavam atividades de estimulação mental e intelectual, como fazer palavras cruzadas, ler um livro ou socializar com os amigos, não tiveram efeitos benéficos em relação ao tamanho do cérebro, constatou o estudo, publicado na revista Neurology.

DETERIORAÇÃO
A ciência já provou que a estrutura e funcionamento do cérebro se deterioram com o passar dos anos.
Também são inúmeros os registros na literatura médica de que o cérebro tende a encolher com o envelhecimento.
Tal encolhimento está ligado a uma perda de memória e das capacidades cerebrais, dizem as pesquisas.
Os estudos têm mostrado que as atividades sociais, físicas e mentais podem contribuir para a prevenção desta deterioração.
No entanto, até agora não tinham sido realizados amplas pesquisas com imagens cerebrais para observar essas mudanças na estrutura do cérebro e seu volume.
Segundo o estudo, que levou três anos para ser concluído, o médico Alan Gow e sua equipe pediram aos participantes que levassem um registro de suas atividades diárias.
No final desse período, quando completaram 73 anos, os participantes passaram por scanners de ressonância magnética para analisar as mudanças no cérebro.
Depois de levar em conta fatores como idade, sexo, saúde e inteligência, os resultados mostraram que a atividade física estava "significativamente associada" com a menor atrofia do tecido cerebral.
"As pessoas de 70 anos que fizeram mais exercício físico, incluindo uma caminhada, várias vezes por semana, apresentaram uma retração menor do cérebro e outros sinais de envelhecimento da massa cerebral do que aqueles que eram menos ativos fisicamente", exlicou Grow.
"Além disso, nosso estudo não mostrou nenhum benefício real no tamanho do cérebro com a participação em atividades mental e socialmente estimulantes, como observado por imagens em scanners de ressonância magnética durante os três anos de estudo", acrescentou.
Segundo o pesquisador, a atividade física foi também associada a um aumento no volume de massa cinzenta.
Esta é a parte do cérebro onde se originam as emoções e percepções. Em estudos anteriores, essa região está relacionada à melhora da memória de curto prazo.
Quando os cientistas analisaram o volume de substância branca, responsáveis pela transmissão de mensagens no cérebro, descobriram que as pessoas fisicamente ativas tinham menos lesões nessa área do que as que se exercitavam menos.

CAUSAS
Embora estudos anteriores já tenham mostrado os benefícios do exercício para prevenir ou retardar a demência, ainda não está claro os motivos por que isso acontece.
Os pesquisadores acreditam que as vantagens da atividade esportiva podem estar ligadas ao aumento do fluxo de oxigênio no sangue e de nutrientes para o cérebro.
Mas uma outra teoria é que, como o cérebro das pessoas encolhe com a idade, elas tendem a se exercitar menos e, assim, acabam tendo menos benefícios.
Seja qual for a explicação, dizem os especialistas, os resultados servem para comprovar que o exercício físico é benéficio para a saúde.
"Este estudo relaciona a atividade física à redução dos sinais de envelhecimento do cérebro, sugerindo que o esporte é uma forma de proteger a nossa saúde cognitiva", disse Simon Ridley, da entidade Alzheimer's Research no Reino Unido.
"Embora não possamos dizer que a atividade física é o fator causal deste estudo, nós sabemos que o exercício na meia idade pode reduzir o risco de demência futura", acrescentou.
"Vai ser importante acompanhar tais voluntários para ver se essas características estruturais estão associadas com maior declínio cognitivo nos próximos anos", disse.
"Também será necessário mais pesquisas para saber detalhadamente sobre por que a atividade física está tendo esse efeito benéfico", afirmou.
Já o professor James Goodwin, da organização Age UK, que financiou a pesquisa, disse: "Este estudo destaca novamente que nunca é tarde para se beneficiar dos exercícios, seja uma simples caminhada para fazer compras ou um passeio no jardim", concluiu.
"É crucial que, se o fizermos, permanecer ativo à medida que envelhecem", acrescenta.

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Redes Socias são aliadas na preparação para concursos

A cada dia, mais e mais concurseiros estão recorrendo à internet para complementar seus estudos. Além de sites especializados, blogs e fóruns, as redes sociais podem ser grandes aliadas dos candidatos.
É que ali encontram-se pessoas com o mesmo interesse: o de se tornarem servidores públicos.
Através das redes sociais, como o Facebook, é possível participar de grupos de discussões, onde os concurseiros podem trocar informações, tirar dúvidas, saber das novidades do mundo dos concursos e discutir os editais, além de trocar experiência com outros candidatos.
Na opinião de Leonardo Pereira, diretor do IOB Concursos, o uso das redes sociais é benéfico para o candidato desde que ele saiba dosar o volume de informações que acessa diariamente e de quem acessa:
— Um grande problema que o ensino à distância enfrenta hoje com a difusão dos meios de comunicação digital é justamente a confirmação de autoria do texto, o que pode facilmente induzir o usuário das redes sociais a um erro qualitativo. Assim, a melhor dica é sempre seguir ou acessar pessoas ou páginas sabidamente oficiais.
Pereira afirma que, sabendo dosar e onde procurar, as redes sociais são uma grande ferramenta de preparação, pois permite ao estudante reduzir o tempo que gastaria acessando às páginas dos Tribunais Superiores e das organizadoras dos concursos, tomar conhecimento das alterações de editais em tempo quase real, atualizar-se em relação às alterações legislativas no mesmo dia, enfim, inserir em sua rotina o recebimento de informações relevantes sobre os concursos públicos que antes chegavam até ele de modo passivo.
— Alguns bons cursos já se preocupam em manter blogs onde diariamente postam questões comentadas de concursos e “pulos do gato” indicados pelo seu corpo docente. Tudo isso facilita em muito a vida do candidato.
Formada em jornalismo, Fernanda Silva, de 27 anos, costuma prestar concursos públicos para cargos de nível médio, e lança mão da internet e das redes sociais na hora do estudo, pois é uma forma de se manter atualizada quanto às informações sobre os concursos para os quais pretende se preparar. Além disso, costuma montar grupos de estudos, onde são comentadas questões, trocam-se materiais, é possível assistir a vídeo-aulas etc.
— Eu acesso sempre o Facebook para trocar informações com outras pessoas que também se preparam para concursos, para aproveitar as promoções que os cursos fazem; acessar os sites de instituições para saber quais cursos estão sendo lançados e comparar preços, dentre outras coisas.
Outro aspecto positivo apontado por Fernanda é que, para quem tem poucos recursos financeiros, as mídias sociais e a internet são uma forte ferramenta de auxílio. No entanto, acrescenta, essas mesmas pessoas devem ter muita disciplina para não perder o foco dos estudos e desperdiçar, às vezes, o pouco e precioso tempo que possuem.
Há oito anos ininterruptos estudando para concursos gerais, Beto Flash também é usuário das redes sociais na preparação de concursos. Na sua opinião, os grupos de estudos entre internautas têm sido a solução para a maioria dos candidatos. E, nessa esteira, o Facebook desponta como a principal ferramenta, não só para rever ou fazer novos amigos, mas sim para que troquem ideias, estratégias e experiências, entre iniciantes e veteranos, como ele próprio, que já prestou provas em 55 seleções e passou em 32.
— Optei não por aquele que pagasse mais, mas sim que me desse uma certa tranquilidade para fazer uma faculdade de direito, uma vez que preciso deste diploma para fazer, agora, apenas cconcursos específicos. Continuo estudando, pois quero ser procurador— afirma Beto, que gerencia, diariamente, oito contas na internet, sendo mais da metade ligada às redes sociais.
Um ponto de risco, de acordo com o diretor do IOB Concursos, reside nos fóruns onde se travam inúmeras discussões sobre pontos controversos de provas e onde são firmados debates sobre as bancas examinadoras. Os concurseiros devem ficar muito atentos ao que de fato é um dado concreto e positivo para sua preparação e o que não passa de um “boato terrorista”, inserido com a finalidade de desestruturá-lo emocionalmente, ressalta o professor.

Hospital das Clínicas lança programa com modelo de prato saudável

Um programa de alimentação saudável, lúdico e de fácil compreensão, foi lançado nesta quarta pelo Hospital das Clínicas da USP e pelo InCor (Instituto do Coração).
O projeto batizado de Meu Prato Saudável tem o objetivo de ensinar as pessoas a fazer escolhas melhores e em porções do tamanho ideal.

"Fizemos uma tradução da pirâmide alimentar com fotos de pratos balanceados", explica Mitsue Isosaki, diretora técnica do serviço de nutrição e dietética do InCor.
Metade do "prato saudável" deve ser repleta de salada e verduras cozidas. A outra deve ser preenchida com uma porção de proteínas (um bife ou filé de frango, por exemplo), carboidratos (arroz, batata ou massas) e proteína vegetal (feijão, grão-de-bico, soja ou lentilha). A ideia é usar alimentos comuns na mesa do brasileiro

O programa foi apresentado na estação Sé do metrô

Quem passava por lá podia usar jogos em tablets para montar um prato ideal. Alimentos de resina foram usados por nutricionistas para mostrar o tamanho das porções. Também foram distribuídas cartilhas com receitas.

A estratégia de divulgação conta ainda com um site (www.meupratosaudavel.com.br), aplicativos para celular e redes sociais.
O objetivo é expandir o Meu Prato Saudável para todo o país -nos próximos anos, ele será implantado no Rio e em Minas Gerais.

Há ainda um filhote do programa, o Meu Pratinho Saudável, dirigido às crianças de até 12 anos e que deverá ser levado às escolas por meio de uma parceria com a Secretaria Estadual de Educação.

O programa lembra o My Plate, lançado pelo governo dos EUA em 2011. Mas, em vez da divisão por cores, o prato brasileiro usa fotos dos alimentos para facilitar a compreensão, segundo Isosaki.

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Planta chinesa contém substância que reduz o câncer no pâncreas

Um dos desafios do mundo científico é encontrar um tratamento eficaz para uma doença cuja sobrevida não ultrapassa os cinco anos. Assim é o câncer de pâncreas. Por não ter sintomas claros, quando descoberto, o mal normalmente está em estágio avançado. Nos Estados Unidos, por exemplo, 40 mil pessoas são diagnosticadas todos os anos com a enfermidade em diferentes estágios, fazendo com que a taxa de sobrevivência seja de apenas 5%. Ruim, essa estatística se repete em boa parte dos países e se mantém inalterada por mais de três décadas. Com a urgência em mente, pesquisadores da Universidade de Minnesota, em Minneapolis, desenvolveram uma droga à base de uma planta tradicional da medicina chinesa e perceberam que ela foi capaz de inibir e matar as células cancerígenas. A descoberta foi publicada na edição de hoje da revista Science Translation.

De acordo com Ashok Saluja, um dos autores do estudo e presidente da Associação Internacional de Pancreatologia, além da descoberta tardia, a agressividade dos tumores e, principalmente, a falta de quimioterápicos eficientes contribuem para o prognóstico ruim da doença. A cura só pode ser alcançada com cirurgia, mas, como apenas de 10% a 20% descobrem a enfermidade no estágio inicial, essa alternativa é muitas vezes descartada. Outro problema é que 40% dos pacientes apresentam a doença metastática — caso em que só resta a terapia paliativa

Mulheres se estressam mais com noticiários sobre fatos violentos

São quase dois anos e, até hoje, a tragédia de Realengo permanece viva na memória de Evânia José Rodrigues.
A mulher de 35 anos não é parente de nenhuma das 12 vítimas.
Eram quase 11h daquela quinta-feira de abril e ela pagava as contas em um banco do Distrito Federal quando viu, nos noticiários, o massacre em uma escola municipal da Zona Oeste carioca. “Saí do banco correndo e fui parar na porta da escola da minha filha, fiquei esperando lá até meio-dia, quando a aula dela acabava.
Me deu um nó na garganta muito forte, um aperto no peito, é inexplicável”, conta. Grávida do terceiro filho, a mineira revela com lágrimas nos olhos que, quando o assunto dos jornais é violência contra crianças, não há como se conter. “Às vezes, o assunto fica por dias na minha cabeça.
Fico apavorada, me coloco no lugar das famílias e não sei o que faria se fosse com as minhas filhas”, explica
Não é raro ver mães, avós, tias, namoradas e amigas repetindo por muito tempo aquela tragédia que virou manchete nos noticiários. Entretanto, o que já era observado no dia a dia virou tema de investigação científica. Publicado na revista Plos One, um estudo da Universidade de Montreal, no Canadá, mostrou que as mulheres ficam mais estressadas do que os homens ao assistirem às notícias negativas veiculadas na mídia. Além disso, elas tendem a se lembrar de mais detalhes do acontecimento e por um período de tempo maior.

Para chegar ao resultado, foram recrutados 30 homens e 30 mulheres com 18 a 32 anos. De forma aleatória, eles foram divididos para que uma metade pudesse ler, em diferentes momentos, notícias neutras e a outra, notícias negativas, que podiam ser sobre assassinatos, incêndios, acidente de carro, crimes, crise econômica, entre outros temas. Após 10 minutos dessa primeira fase de leitura, todas as pessoas foram submetidas a um teste com estímulos estressores, como ter de falar em público, realizar testes matemáticos e simular uma entrevista de emprego. Entre o intervalo de cada uma das atividades, foram colhidas amostras de saliva para poder medir o nível de cortisol liberado

Luxo em imóvel de Miami: “Meu Porsche ficará na varanda do apartamento”

Um duplex em Miami de US$ 4 milhões com 400m², seis dormitórios, piscina na varanda e garagem para dois carros no próprio apartamento – isso mesmo, no próprio apartamento – é sonho ao alcance de poucos. Apesar disso, o imóvel em questão, localizado no primeiro edifício do mundo desenhado pela Porsche Design da Alemanha, já faz parte da realidade de milionários brasileiros.
Para vender os mais de 20 empreendimentos em Miami e Nova York, com preços que variam entre US$ 200 mil e US$ 4 milhões, o Grupo Goldman Imóveis e a Elite International realizaram, nessa quarta-feira (22), no Hotel Windsor Barra, no Rio, um evento imobiliário com o objetivo de apresentar os mais novos e luxuosos imóveis em lançamento nas duas cidades americanas. Entre os destaques, o edifício com a grife Porsche localizado na Sunny Isles Beach.
Desenhado pela Porsche, o prédio, de 132 apartamentos com três, quatro ou seis dormitórios, unidades duplex e piscina em todas as varandas, terá 57 andares, conforto e tecnologia únicos. A partir janeiro de 2016, data prevista para a entrega, os moradores poderão estacionar seus carros dentro de casa, por meio de um sistema de braços robóticos -- que serão utilizados como elevador. As paredes de vidros deixarão Sunny Isles Beach à vista durante o percurso.

A empresária Sandra Cavalcanti compareceu ao evento para dar um upgrade em seu cantinho norte-americano. “Como jogo golfe, sempre tive costume de ir à Miami, mas agora tudo é desculpa para dar uma escapadinha”, conta. “Comprei meu imóvel em janeiro e já fui quatro vezes para lá.” De contrato assinado, a carioca se mostra animada com a possibilidade de estacionar seu Porsche na varanda. “O carro se torna uma peça de decoração também”, diz.
Já o empresário Marco Marra, dono da Litoral Verde Viagens, ficou de olho no empreendimento que será construído perto da marina de Miami. “Tenho um apartamento em São Pauloe uma casa em Itaipava, agora queria um imóvel perto do mar, pois sou apaixonado por barcos. Pesquisando, vi que o metro quadrado lá é muito mais barato que o de uma grande cidade aqui”, afirma.
Os altos preços do mercado imobiliário nacional e a facilidade de financiamentos em outros países intensificaram o interesse dos brasileiros por casas e apartamentos no exterior. Com valores até três vezes menores do que em cidades como Rio de Janeiro e São Paulo, segundo dados da Associação de Corretores de Imóveis dos EUA, em2011, amaioria dos imóveis da Flórida, com valores acima de um milhão de dólares, foi comprado por brasileiros.


Para Mendel Goldman Birman, do Grupo Goldman, o brasileiro está descobrindo as vantagens de se ter um apartamento no exterior. “Geralmente, o consumidor compra um imóvel desse tipo para servir de casa de veraneio. Pela proximidade, Miami tem sido o principal destino escolhido”, afirma. As vantagens, segundo ele, as vantagens não são poucas. “No Brasil, é quase impossível comprar um apartamento de 400m², com quatro quartos, varanda, piscina e churrasqueira por US$ 200 mil”, diz. “Isso sem contar com toda a infraestrutura americana.”
A facilidade de financiamento também pesa na balança. “Quem quiser comprar um imóvel nos Estados Unidos precisa mostrar apenas a declaração de imposto de renda, provando que tem condições de pagar as prestações, e dar uma entrada de 40%. Os outros 60% podem ser financiados com juros de 4,5% em até 30 anos”, explica Leo Ickowick da Elite International Realty. O cliente que adquire um apartamento na empresa ainda ganha 250 mil milhas ou pontos no programa da American Airlines ou no da Tam. Segundo Ickowick, a projeção é que os imóveis que está comercializando em Miami valorizem 25% em até três anos. “O mercado estava estagnado, não havia grandes lançamentos na cidade desde 2011. Mas agora, até o final deste ano, vamos trabalhar 32 novos empreendimentos”.


Subir escadas é de fato um bom exercício?



Dizem que subir escadas é um excelente exercício. Quantos andares correspondem a uma atividade física leve, moderada ou intensa e quantas calorias são gastas?

 

Segundo o fisiologista do HCor (Hospital do Coração) Diego de Leite Barros, a atividade é de grande intensidade e pode ajudar a perder peso. "Subir escadas se aproxima um pouco das atividades aeróbicas. Seria como caminhar numa ladeira."
Ele afirma que, se essa atividade levar dez minutos, pode ser considerada mais leve. Se o exercício durar mais de 20 minutos, a intensidade é maior. Barros recomenda que pessoas sedentárias ou acima do peso subam escadas mais lentamente, por causa da pressão que o exercício pode fazer nos joelhos, e que os iniciantes comecem subindo um andar e acrescentem um por semana. Quanto ao gasto calórico, ele varia de acordo com o praticante de cada exercício.

O que podemos aprender com Israel

Há algo que me intriga há algum tempo: o que leva um país com apenas 7,9 milhões de habitantes (o Paraná tem 10,4 milhões), um território minúsculo (menor que o estado de Sergipe), terras ruins, sem recursos naturais, com apenas 64 anos de existência, e em constantes conflitos militares... a ser um dos maiores centros de inovação do mundo; ter 63 empresas de tecnologia listadas na bolsa Nasdaq (mais que Europa, Japão, China e Índia somados), ter registrado 7.652 patentes no exterior entre 2002 e 2005, e ter ganho 31% dos prêmios Nobel de Medicina e 27% dos Nobel de Física?

Em resumo: o que explica o extraordinário desenvolvimento econômico e tecnológico de Israel? Pela lista de carências e problemas citados no parágrafo anterior, Israel tinha tudo para ser apenas mais um país atrasado e miserável. Mas, além de não ser, o país transformou-se em um caso único de inovação,

tecnologia e desenvolvimento. Muitas das maravilhas que usamos hoje vêm de lá. O pen-drive, a memória flash de computador e muitos medicamentos que salvam vidas estão na lista de patentes de Israel.

Qualquer explicação rápida é leviana. Muitos dirão que é o dinheiro dos norte-americanos e dos judeus espalhados pelo mundo que faz o sucesso de Israel. Não é. Primeiro, porque nenhuma montanha de dinheiro transforma uma nação de atrasados e ignorantes em gênios da inovação e ganhadores de prêmios Nobel.

Segundo, grande parte do dinheiro recebido por Israel foi gasta em defesa e conflitos militares. Terceiro, o apadrinhamento militar de Israel nos primeiros anos de sua fundação não foi dado pelos Estados Unidos, mas pela França, cujo apoio cessou somente em 1967, após a Guerra dos Seis Dias.

Nos artigos e livros que pesquisei, não há explicação simplista para o sucesso de Israel. Pelo espaço limitado deste artigo, destaco apenas quatro pontos:

Em primeiro lugar, a história e a cultura. A religião judaica dá ênfase à leitura e à aprendizagem, mais que aos ritos. A perseguição aos judeus e a proibição, durante a Idade Média, de possuírem terras os levou a estudar e se tornarem médicos, banqueiros ou outras profissões que pudessem ser exercidas em qualquer lugar.

Depois vem o apreço pela tecnologia e pela inovação. Israel gasta 4,5% de seu produto bruto em pesquisa e desenvolvimento, contra 2,61% dos Estados Unidos e 1,2% do Brasil. Na ausência de recursos naturais e premido pela necessidade, Israel entrou de cabeça numa cultura de pesquisar, descobrir e inovar.

Em terceiro lugar, a estrutura educacional. A crença de que a única saída para o desenvolvimento – mais que os recursos naturais – é a educação de qualidade está na raiz da cultura de Israel. Do ensino básico até a universidade, Israel desfruta de uma educação de nível e acessível a todos. Se você pensa encontrar um judeu analfabeto, desista. É uma questão cultural: para eles, povo e governo, a educação é o bem maior.

E, por fim, o respeito pelo empreendedor e pelo fracasso. Em Israel, valoriza-se muito aquele que se dispõe a inventar, inovar ou empreender. Quem tenta e fracassa é respeitado e apoiado, pois eles acreditam que a falência é um aprendizado e a chance de acertar da próxima vez aumenta. Isso leva a uma ausência de medo do fracasso e é um elemento-chave da cultura da inovação. No Brasil, o desgraçado que falir uma microempresa nunca mais consegue uma certidão negativa e jamais volta a ser empreendedor.

Não se consegue transpor a cultura de um país para outro, mas há muito que aprender com Israel