segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Longevidade em ilha grega intriga cientistas

Cientistas estão investigando o segredo da longevidade dos 8 mil moradores da Ilha de Ikaria, no leste da Grécia, que vivem em média dez anos a mais que a maioria dos europeus e apresentam uma saúde muito melhor no final de suas vidas.
Pesquisadores da Universidade de Atenas, na capital do país, estudaram os moradores locais com mais de 65 anos. Christina Chrysohoou, cardiologista da universidade, afirma que eles sofrem dos mesmos tipos de doenças que as outras pessoas, como câncer e problemas cardiovasculares, mas estes problemas ocorrem mais tarde.
"Não podemos evitar estas doenças, mas eles conseguem preservar a qualidade de vida por muitos anos. A idade média para (ocorrência de) doenças cardiovasculares é entre 55 e 65 anos. Em Ikaria, isto acontece cerca de dez anos depois", afirmou.
Entre os moradores da ilha, o número de fumantes é baixo, o cochilo depois do almoço é regra, o ritmo de vida é lento, e as pessoas se reúnem com amigos e familiares com freqüência, bebendo quantidades moderadas de vinho.
As famílias grandes dão aos moradores mais idosos um papel importante na sociedade, e os níveis de depressão e demência são baixos.
DIETA
Outros fatores também podem contribuir para a longevidade dos moradores da ilha.
Mesmo em comparação à dieta típica da região do Mediterrâneo, os que moram na ilha consomem mais peixe, verduras e legumes e também níveis relativamente baixos de carne.
Seis entre dez pessoas com mais de 90 anos ainda são fisicamente ativas, em comparação com apenas 20% destas pessoas em outros lugares.
A maior parte dos alimentos é cozida em azeite. Grandes quantidades de ervas são colhidas e usadas para temperos e fins medicinais.
Muitos fazem um chá consumido diariamente com ervas secas como salvia, camomila, hortelã, entre outras. Para adoçar, apenas o mel local.
Muitas destas ervas silvestres são usadas no mundo todo como remédios tradicionais e são ricas em antioxidantes e também diuréticas, o que pode diminuir a pressão sanguínea.
Os pesquisadores da Universidade de Atenas também pretendem realizar estudos geológicos da ilha, para saber se elementos radioativos existem em Ikaria e podem ter efeito sobre alguns tipos de câncer.
Além disso, também há estudos genéticos, que comparam o DNA dos moradores com o DNA de outros que nasceram na ilha, mas deixaram o lugar e, por isso, têm um estilo de vida diferente.
CÂNCER DE PULMÃO
De acordo com seus documentos, Stamatis Moraitis completou 98 anos no dia 1º de janeiro, mas acredita que é mais velho.
Todos os dias ele cuida de suas oliveiras, árvores frutíferas e parreiras. Ele fabrica 700 litros de vinho por ano.
Há 45 anos, quando morava nos Estados Unidos, foi diagnosticado com câncer de pulmão, e os médicos deram a ele apenas nove meses de vida.
Moraitis decidiu voltar para Ikaria, para ser sepultado com seus pais. Ele conseguiu reencontrar os amigos no vilarejo, e eles se reuniam para beber vinho.
"Pelo menos eu morreria feliz", disse.
"Todo dia nos reuníamos, bebíamos vinho e eu esperava. O tempo passou e eu me sentia mais forte. Nove meses passaram, eu me sentia bem. Onze meses passaram, eu me sentia melhor. E agora, 45 anos depois, ainda estou aqui!"
Em outra casa mora George Kassiotis, que vai completar 103 anos. Voula, sua mulher, mostra a mesa farta com cogumelos, peixe, verduras, legumes e vinho.
"É só um lanchinho", afirma ela.
Kassiotis mostra os documentos e fotos. Ele lutou contra os italianos na Albânia durante a Segunda Guerra Mundial e ajudou na construção de uma estrada na ilha, antes de se aposentar em 1970.
"Não como alimentos industrializados, não fumo e não me estresso. Não tenho medo da morte. Sabemos que todos vamos chegar lá", disse.
Na casa de Nikos Karoutsos, um dono de hotel de 50 anos, o ambiente é parecido: mesa farta, vinho, amigos e familiares visitando, bebendo e comendo juntos. Crianças e adolescentes ficam entre a mesa e o computador.
Mais recentemente, Ikaria, perto da costa da Turquia, foi identificada como parte das chamadas "zonas azuis", identificadas pelo autor Dan Buettner, que escreve para a revista "National Geographic", como áreas onde as pessoas têm uma vida mais longa.
Entre estas "zonas azuis" estão as Ilha de Okinawa, no Japão, a província italiana de Luoro, na Ilha da Sardenha, na Itália, e a cidade de Loma Linda, na Califórnia.






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Apps que prometem ajudar a saúde não são confiáveis.

Fim da acne, aumento dos seios e alívio da depressão são só alguns dos serviços oferecidos pelos mais de 40 mil aplicativos "médicos" disponíveis para celular.
Embora boa parte deles seja inofensiva e desempenhe tarefas como lembrar o usuário de tomar um remédio, há uma parcela cada vez mais ambiciosa que promete a cura ou uma melhora significativa para diversos males.
Sem testes ou evidências científicas, esses apps entraram na mira de associações médicas, grupos de pesquisa e até da toda-poderosa FDA (agência que regula alimentos e remédios nos EUA).
A organização deve emitir nos próximos meses regras para fiscalizar e controlar a circulação desses softwares.
O Centro de Jornalismo Investigativo da Nova Inglaterra, ligado à Universidade de Boston, fez um levantamento indicando as maiores lorotas tecnológicas prometidas pelos aplicativos. A lista contém 1.500 apps.
Quando não apresentam conceitos errados, os programas se aproveitam da falta de informação dos usuários. É comum também que um determinado aspecto de um tratamento seja deturpado e usado de maneira simplista.
É o caso do AcnApp, que era vendido por US$ 1,99 para iPhone. Segundo o fabricante, o usuário deveria segurar o visor perto do rosto por alguns minutos todos os dias. Ele emitiria luzes vermelhas e azuis que matariam as bactérias que favorecem a acne, melhorando a pele.
"O tratamento com luz vermelha e azul já é muito consolidado para tratar a acne", explica Gabriela Casabona, dermatologista do Hospital Samaritano. "Mas a luz que tem esse efeito é própria para isso. Tem um comprimento de onda, um tempo de exposição e uma distância muito específicas", completa.
O app teve quase 15 mil downloads e despertou a atenção das autoridades, que conseguiram removê-lo da lista da loja de aplicativos da Apple. O fabricante precisou pagar uma multa de US$ 14.294, mas não teve nenhum problema com a Justiça.
A decisão, porém, não impediu que outros dispositivos seguissem a mesma linha.
O iSAD promete tratar a desordem afetiva sazonal, a depressão que atinge as pessoas com baixa exposição à luz solar, como as que vivem em países nórdicos.
O app promete usar a luz do visor do iPhone para, em sessões de cerca 30 minutos por dia, tratar essa depressão. O serviço custa US$ 9,99.
"É improvável que a intensidade do visor e o uso dessa maneira sejam capazes de ter algum efeito", diz Elko Perissinotti, do IPq (Instituto de Psiquiatria) da USP.
No aplicativo Breast Augmentation, são os sons que prometem fazer efeito. Ele trabalha com a ideia de que mulheres amamentando têm seios maiores. A partir daí, o aplicativo diz que ouvir alguns minutos de choro de bebê por dia estimula o organismo a aumentar os seios.
Esses e outros aplicativos podem ser comprados no Brasil, mas a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) afirmou que não há projetos de regulamentação do setor. Oficialmente, qualquer app que se proponha a curar uma doença precisa de autorização do órgão.

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Tô Idoso

Eu nunca trocaria meus amigos surpreendentes, minha vida maravilhosa, minha amada família por menos cabelo branco ou uma barriga mais lisa. Enquanto fui envelhecendo, tornei-me mais amável para mim, e menos crítico de mim mesmo. Eu me tornei meu próprio amigo. .. Eu não me censuro por comer biscoito extra, ou por não fazer a minha cama, ou para a compra de algo bobo que eu não precisava, como uma escultura de cimento, mas que parece tão “avant garde” no meu pátio. Eu tenho direito de ser desarrumado, de ser extravagante.
Vi muitos amigos queridos deixarem este mundo cedo demais, antes de compreenderem a grande liberdade que vem com o envelhecimento.

Quem vai me censurar se resolvo ficar lendo ou jogar no computador até as quatro horas e dormir até meio-dia? Eu Dançarei ao som daqueles sucessos maravilhosos dos anos 60 &70, e se eu, ao mesmo tempo, desejo chorar por um amor perdido ... Eu vou.
Vou andar na praia em um calção excessivamente largo sobre um corpo decadente, e mergulhar nas ondas com abandono, se eu quiser, apesar dos olhares penalizados dos outros no jet set.

Eles, também, vão envelhecer.

Eu sei que às vezes esqueço algumas coisas. Mas há mais algumas coisas na vida que devem ser esquecidas. Eu me recordo das coisas importantes.

Claro, ao longo dos anos meu coração foi quebrado. Como não pode quebrar seu coração quando você perde um ente querido, ou quando uma criança sofre, ou mesmo quando algum amado animal de estimação é atropelado por um carro? Mas corações partidos são os que nos dão força, compreensão e compaixão. Um coração que nunca sofreu é imaculado e estéril e nunca conhecerá a alegria de ser imperfeito.
Eu sou tão abençoado por ter vivido o suficiente para ter meus cabelos grisalhos, e ter os risos da juventude gravados para sempre em sulcos profundos em meu rosto.
Muitos nunca riram, muitos morreram antes de seus cabelos virarem prata.

Conforme você envelhece, é mais fácil ser positivo. Você se preocupa menos com o que os outros pensam. Eu não me questiono mais.

Eu ganhei o direito de estar errado.
Assim, para responder sua pergunta, eu gosto de ser idoso.

A idade me libertou. Eu gosto da pessoa que me tornei. Eu não vou viver para sempre, mas enquanto eu ainda estou aqui, eu não vou perder tempo lamentando o que poderia ter sido, ou me preocupar com o que será. E eu vou comer sobremesa todos os dias (se me apetecer).
Que nossa amizade nunca se separe porque é direto do coração!



Joãozinho



A Rita e seu namorado estavam em seu quarto quando a mãe dela, que preparavao almoço, começa a chamar:
- Rita, o almoço está pronto!
- Já vou mãe. Não demoro.
- Eu sei o que eles estão fazendo - diz Joãozinho, o irmão mais novo.
- Deixa de ser intrometido e cala a boca!
- Rita, anda! Vem pr'a mesa - diz a mãe.
- Já vou, mãe!
- Ha, ha, ha !!! Eu sei o que eles estão fazendo - continua o pestinha.
O pentelho leva um tabefe e cala a boca.
Passada quase meia hora, a mãe, novamente:
- Rita, se apressa que a comida vai esfriar!
- Oh mãe, já vou... - diz a filha, quase a chorar..
O Joãozinho então começa a rir e diz:
- Eu sei o que eles estão fazendo...Ha ha ha...
A mãe diz:
- Fala então, peste!
- A Rita me pediu o tubo da vaselina... e eu dei o de Super Bonder
 








terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Todo Marido é honesto

Apesar de viverem na abundância, as coisas não corriam bem entre o marido e sua jovem mulher. Na verdade, ela estava convencida de que ele andava metido com a bonita empregada da casa.
Então resolveu preparar uma armadilha pra pegar o marido no flagra.
Dispensou a empregada no fim de semana e não contou ao marido.

A noite, quando iam pra cama, o marido contou a mesma velha história:
- Desculpe, minha querida, mas estou mal do meu estomago outra vez. Vou tomar um ar e já volto.
Ele então rumou em direção ao banheiro. A mulher saiu rápido pelo corredor, subiu as escadas e deitou-se na cama da empregada.
Mal ela tinha apagado a luz, apareceu como sombra, em silêncio. E, sem perda de tempo, saltou para a cama e fez amor com ela com toda a fogosidade.
Quando terminaram, a mulher disse, ainda ofegante:
- Você não esperava me encontrar nesta cama, não é seu sacana?
E ligou a luz.
- Sinceramente, não, minha senhora, disse o jardineiro !!!

*PRÉ-JULGAMENTO LEVA AS PESSOAS AO ERRO, E ESTE, ÀS VEZES, É IRREPARÁVEL.

Conclusão:
Todo Marido é honesto!!!!!!


quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

O tempo muda as prioridades!




JANTAR DE CONFRATERNIZAÇÃO

Um grupo de amigos de 60 anos de idade discutia para escolher o restaurante onde iriam jantar. Finalmente decidiram-se pelo Restaurante Tropical porque as GARÇONETES eram gostosas e usavam mini-saias e blusas muito decotadas.
Dez anos mais tarde, aos 70 anos, o grupo reuniu-se novamente e mais uma vez discutiram para escolher o restaurante. Decidiram-se pelo Restaurante Tropical porque a comida era muito boa e havia uma excelente carta de vinhos.

Dez anos mais tarde, aos 80 anos, o grupo reuniu-se novamente e mais uma vez discutiram para escolher o restaurante. Decidiram-se pelo Restaurante Tropical porque lá havia uma rampa para cadeiras de rodas e até um pequeno elevador....

Dez anos mais tarde, aos 90 anos, o grupo reuniu-se novamente e mais uma vez discutiram para escolher o restaurante. Finalmente decidiram-se pelo Restaurante Tropical.
Todos acharam que era uma grande idéia porque nunca tinham ido lá antes...


TA RINDO?
Tua vez vai chegar...

Boom em Miami

Brasileiro é motor por trás de boom do luxo em Miami

The Wall Street Journal, de Miami

Um volume inédito de dinheiro oriundo da América Latina está alimentando uma era de ouro para o luxo em Miami.
O apetite chinês por commodities produzidas na América do Sul, como petróleo, soja, cobre e trigo, criou um fluxo de riqueza que encontra, em uma Miami renascente, seu playground favorito. E, embora a cidade tenha sido durante décadas um entreposto da classe média latino-americana, um boom cultural recente e a leva de imóveis nobres que a explosão da crise imobiliária americana deixou órfã ajudam a atrair para ali representantes da nata latino-americana.
"A Flórida está bombando", disse Paulo Bacchi, presidente da fabricante brasileira de móveis Artefacto, que tem duas lojas na região de Miami, incluindo uma no Village of Merrick Park, um shopping center de luxo em Coral Gables popular entre estrangeiros. Cerca de um terço dos clientes da Artefacto na região são brasileiros que têm casa em Miami. Outro terço é formado por venezuelanos que se radicaram na Flórida para escapar da Revolução Bolivariana de Hugo Chávez. Bacchi, cujas lojas trabalham com incorporadoras e decoradores para mobiliar residências inteiras de clientes abastados, pretende abrir uma terceira loja em julho em Doral, uma cidade a oeste da região metropolitana de Miami na qual vivem muitos venezuelanos de alta renda.
Camille Thiry Russler, dona da Ever After Bridal Boutique, butique especializada em noivas no badalado Coconut Grove, disse que os latino-americanos são a única razão para a alta de 30% no faturamento entre 2008 e 2009, no auge da recessão americana. Em 2011, o salto foi de 60%. "Todo esse movimento adicional veio do tráfego internacional", sobretudo do Brasil, da Venezuela e do Panamá. Russler, cujos vestidos de noiva custam em média US$ 8.000, conta que nesse período "a clientela local encolheu".
A psicóloga Maria Gabriela Saadi, que mora em Porto Alegre, comprou seu vestido de noiva na Ever After. Saadi fez a peregrinação de oito horas até Miami duas vezes. A primeira, para escolher o vestido. A segunda, cinco meses depois, para buscá-lo. "A realidade no Brasil é a seguinte: você trabalha, trabalha, trabalha para ganhar dinheiro, e tudo é muito caro", disse. Já no sul da Flórida, segundo a brasileira, a variedade é grande e as coisas são muito mais baratas. Além disso, "a gente se sente em casa, pois é um lugar latino. Quando estamos em Miami, não nos sentimos nos Estados Unidos", disse Saadi.
A multidão de turistas latino-americanos em Miami, e o dinheiro que gastam aqui, atingiu níveis recordes. Mais de três milhões de latino-americanos visitaram a cidade em 2011, 7% a mais do que no ano anterior - e um número recorde. Os brasileiros, que em 2011 gastaram US$ 1,3 bilhão na economia de Miami - mais do que qualquer outra nacionalidade -, também foram os mais numerosos: mais de 634.000 brasileiros, de acordo com a Secretaria de Turismo e Convenções da Grande Miami. Argentina, Colômbia, Venezuela e Chile também ficaram no topo da lista dos maiores gastadores, contribuindo com um total de US$ 2,6 bilhões para a economia da cidade.
Esse influxo, que coincide com o surgimento recente de eventos de alto nível como a mostra de arte contemporânea Art Basel Miami e uma nova leva de hotéis opulentos, está fazendo de Miami um grande destino de luxo. "Miami se tornou muito sofisticada sob vários aspectos", disse George Cozonis, gerente geral do W South Beach, uma mistura de hotel e condomínio onde um em cada dez apartamentos é de brasileiros - que também somam de 10% a 12% dos hóspedes do hotel, mais do que qualquer outra nacionalidade à exceção dos próprios americanos. Cozonis disse que o W faz um marketing pesado junto a agências de turismo brasileiras.
O requintado projeto, a poucas quadras da ferveção do maior reduto da vida noturna de Miami, foi inaugurado em 2009, no ápice da recessão no país. Mas "nunca sentimos para valer os efeitos da crise", disse Cozonis, o gerente geral. "Estivemos operando com capacidade total quase todo o tempo".
É verdade que, no passado, Miami já dançou ao ritmo vertiginoso da política e da economia latino-americanas, notoriamente instáveis. Mas promotores da região têm motivos para crer que essa nova onda, vista como sinal do grande avanço da América Latina como um todo rumo ao desenvolvimento real, será permanente. "A nosso ver, é mais sustentável do que foi no passado", disse Frank Nero, presidente da The Beacon Council, uma parceria de desenvolvimento econômico do condado de Miami-Dade. "Sob muitos aspectos, não é decorrência da fuga de capitais, mas da democratização contínua na América Latina."
A chegada dos latinos também está reavivando incorporadoras imobiliárias duramente atingidas quando a crise de 2008 fez o crédito secar. "Os latino-americanos estão financiando nossos novos projetos em Miami", disse Carlos Rosso, presidente-executivo da The Related Group, grande construtora de capital fechado com sede em Miami que, no momento, está erguendo seis condomínio de luxo no sul da Flórida.
Foram moradores endinheirados da América Latina que abocanharam o estoque de imóveis abandonado pelos americanos após o estouro da bolha imobiliária, disse Rosso. E o dinheiro do latino-americano é o sustentáculo de novos projetos - cujo metro quadrado ainda é mais barato do que em lugares valorizados como o Rio de Janeiro e São Paulo, disse. Recentemente, um apartamento de 3 quartos e 140 metros quadrados em Copacabana era anunciado por US$ 650.000; o preço de imóveis similares em Brickell, uma área nobre de grandes edifícios perto do centro de Miami popular entre latino-americanos, variava de US$ 375.000 a US$ 500.000.
Embora os bancos sigam com medo de investir em projetos imobiliários, muitos clientes latino-americanos estão dispostos a pagar grandes somas de entrada e prestações altas à medida que a obra avança, disse Rosso. Além disso, os bancos financiam a compra de imóveis na região por latino-americanos. Neil Brazil, porta-voz do HSBC, disse que, em geral, um financiamento desses exige entrada de 35% a 40% do valor do imóvel, algo parecido ao que muitos estrangeiros já pagam ao adquirir um imóvel em seu próprio país. Além disso, os juros são de um quarto a três oitavos de ponto percentual mais altos do que os pagos por residentes dos Estados Unidos.
O shopping Village of Merrick Park, onde a estilista venezuelana Carolina Herrera e a joalheria brasileira H.Stern têm lojas, fizeram acordos com hotéis de luxo como o Biltmore, em Coral Gables, para trazer consumidores brasileiros para eventos especiais. A loja da Tiffany & Co. no shopping e outra joalheria do grupo em Bal Harbour registram transações com valor médio superior ao da maioria dos outros estabelecimentos da empresa, pois a cidade atrai gente abastada das Américas Central e do Sul, explicou Henry González, diretor da Tiffany para Miami e o oeste da Flórida.
Outros empreendimentos de varejo de luxo pipocam cidade afora para atender visitantes da América Latina e de outros lugares - cada vez mais endinheirados. Uma noite dessas no Miami Design District, onde foi aberta uma loja temporária da Louis Vuitton em outubro, a grande maioria dos comensais no terraço de um restaurante famoso da área - o Michael's Genuine Food & Drink - era claramente da Venezuela, da Colômbia e do Brasil. No Aventura Mall, no extremo norte da cidade, uma nova ala de lojas de luxo está sendo abocanhada por varejistas rapidamente. Já o estilista britânico Alexander McQueen abriu uma nova loja em Bal Harbour, um dos centros tradicionais do comércio sofisticado de Miami.
O fluxo de latinos seguiu inabalável apesar da expressiva desaceleração da economia brasileira este ano. O número de brasileiros que aportaram em Miami cresceu ao ritmo de dois dígitos durante os primeiros seis meses de 2012, disse William Talbert, presidente da Secretaria de Turismo e Convenções da Grande Miami.
Parte da explicação é que está muito mais fácil para o brasileiro conseguir o visto de entrada nos EUA - o tempo de espera para entrevistas em consulados americanos no Brasil, que anos atrás era de quatro meses, caiu para apenas dois dias. Se o governo americano abolir a necessidade de visto para a admissão de brasileiros ao país, a exemplo do que faz com a maioria dos países desenvolvidos, o número de visitantes explodiria, disse Talbert.
"Os brasileiros continuam a viajar, a comprar apartamentos, a abrir negócios", disse.