Passageiros com destino aos Estados
Unidos poderão ter que deixar o celular ou computador para trás ou serem
impedidos de embarcar caso o aparelho esteja descarregado. De acordo com as
novas diretrizes anunciadas pelo Departamento de Transporte americano, não será
permitido o embarque de qualquer equipamento eletrônico com a bateria
descarregada. O objetivo da medida é que os equipamentos possam ser testados, e
assim se comprove que não seriam um dispositivo explosivo.
O
Departamento de Transporte adverte para que os aparelhos eletrônicos estejam
carregados antes da viagem. "Se o seu equipamento não ligar, ele não terá
a entrada permitida na aeronave”, adverte o comunicado.
A nova
regra faz parte de uma atualização para as medidas de segurança destinadas a
combater potenciais ameaças de terroristas no Oriente Médio e na Europa, depois
que a inteligência americana recebeu o alerta de uma ameaça de terroristas com
base na Síria e Iêmen. O perigo e envolve os temores de que dois grupos
militantes estão desenvolvendo uma “nova geração” de bombas não-metálicas que
não seriam detectadas nos aeroportos.
Segundo o
secretário americano de Segurança Interna, Jeh Johnson, a nova medida tentará
reduzir os riscos em aeroportos no exterior que têm voos diretos para os
Estados Unidos. Por enquanto, elas não serão implantadas nos terminais
domésticos americanos, e ainda não se sabe que outras regras poderiam ser
estabelecidas para governos estrangeiros, companhias aéreas e empresas de
segurança privada.
— Nosso
trabalho é tentar antecipar o próximo ataque, e não simplesmente reagir ao
último. Continuamente avaliamos a situação do mundo, e sabemos que ainda há uma
ameaça terrorista aos Estados Unidos. A segurança da aviação faz parte disso —
afirmou Johnson.
Um
funcionário de segurança interna disse na semana passada que as mudanças se
concentram principalmente em aeroportos da Europa e do Oriente Médio. Os
passageiros poderão ter inspeções adicionais a calçados e eletrônicos e passar
mais vezes pelos detectores de vestígios de explosivos. Além disso, em alguns
casos, haverá mais uma etapa na triagem em portões de embarque.
O
Departamento britânico de Transportes confirmou na quarta-feira que está
intensificando algumas de suas medidas de segurança na aviação após o pedido
dos EUA. O mesmo ocorreu na França.
— O Reino
Unido tem algumas das medidas mais firmes, e vamos continuar a tomar todas as
medidas necessárias para garantir que a segurança pública seja mantida — disse
um porta-voz do departamento britânico.
Sem citar o governador do Rio, Luiz
Fernando Pezão, pré-candidato ao governo do Rio pelo PMDB, o senador Aécio
Neves prometeu implementar as Unidades de Policias Pacificadoras (UPPs) em
todas as regiões metropolitanas do país caso seja eleito. A promessa ocorreu
durante discurso em evento organizado, nesta quinta-feira, por peemedebistas
fluminenses, chamado de “Aezão”, em um restaurante na Barra da Tijuca, na Zona
Oeste do Rio.
— Na segurança pública, a omissão do
governo federal é quase criminosa. O modelo de UPP será levado para todas as
regiões metropolitanas. Vamos aprimorar — disse Aécio sobre projeto inciado no
governo Sérgio Cabral.
No fim do discurso, Aécio declarou:
— Me dêem a vitória no Rio de Janeiro
que eu dou a vocês a Presidência da República
No Estado do Rio, o PSDB não tem candidatura própria. Aécio Neves não decidiu
se dará apoio ao ex-prefeito Cesar Maia do DEM ou se faz uma aliança formal com
o PMDB. Neste caso, todo o material de campanha dos peemedebistas seriam
confeccionados com o nome e a foto do tucano ao lado de Pezão.
Publicamente o ex-governador Sérgio
Cabral, o prefeito do Rio, Eduardo Paes, e Pezão apoiam a reeleição de Dilma,
mas no bastidores não trabalham para evitar o movimento Aezão.
No evento, o tucano criticou também a
economia, a educação, e a saúde do governo Dilma, além de lembrar do escândalo
envolvendo a Petrobras. Aécio ainda atacou o que ele chamou de “cemitério de
obras paradas” para a Copa do Mundo.
Pelo menos 54 deputados federais e
estaduais, 58 prefeitos e o senador Francisco Dornelles (PP), participam do
lançamento do movimento, criado após rompimento da aliança no estado com o PT,
que lançou a pré-candidatura ao governo do Rio com o senador petista Lindbergh
Farias. A lista de presença tem ainda políticos do PR, legenda do também
candidato a governador, o deputado federal Anthony Garotinho, e do PCdoB, que
integra a aliança de Lindbergh.
Aécio chegou no local de helicóptero,
acompanhado pelo presidente nacional do Solidariedade, deputado Paulinho da
Força, e do deputado federal Otávio Leite (PSDB). Ele foi recebido pelo
presidente regional do PMDB, Jorge Picciani, líder dos dissidentes do partido.
No restaurante, há faixas e banners com as fotos de Aécio e Pezão e com as
frases “Estamos com Aécio pelo Rio e pelo Brasil” e “O Rio é mais Aezão, o Rio
e Pezão”. No cardápio, além do apoio a Aécio, há churrasco, camarão, saladas e
música ao vivo.
A Justiça alemã investigará a espionagem da Agência de Segurança Nacional americana (NSA, em inglês) contra a chanceler Angela Merkel, revelada pelo ex-técnico do órgão, Edward Snowden, segundo anunciou ontem o procurador-geral alemão Harald Range. Range informou que há dados suficientes para avançar com uma investigação oficial. "Investigações preliminares extensivas produziram evidência factual suficiente de que oficiais não identificados de inteligência dos EUA grampearam um telefone celular da chanceler Angela Merkel", aponta um comunicado do gabinete de Range. A investigação será feita contra "pessoas não identificadas" em vez de especificamente contra a NSA. Range disse que não abrirá uma investigação sobre a espionagem das chamadas telefônicas de milhares de alemães, também revelada por Snowden.
Em 2013, quando Snowden revelou o sistema de vigilância das conversas telefônicas e através da internet dos alemães, inclusive do telefone celular da chanceler, durante vários anos, as relações entre Estados Unidos e Alemanha ficaram abaladas. Pouco depois da denúncia das escutas, Obama pediu desculpas a Merkel e garantiu que elas não se repetiriam. Os sociais-democratas (aliados de coalizão dos conservadores de Merkel) e a oposição (Verdes e a esquerda radical Die Linke) criticaram a decisão de limitar a investigação às escutas da chanceler. "O principal crime alvo de discussão era o da espionagem em massa" contra cidadãos alemães, reagiu o deputado Hans-Christian Strobele, dos Verdes.
A Alemanha lançou em abril uma comissão de investigação para determinar em que medida os cidadãos e políticos foram alvos da NSA, e se os serviços secretos alemães estavam cientes disso. Alguns legisladores alemães pediram que Snowden fosse convidado a Berlim para depor no inquérito parlamentar, mas o governo rejeitou a ideia, temendo que isso prejudicasse ainda mais as relações bilaterais. Através de Snowden, descobriu-se que a espionagem da NSA atingiu entidades como a Organização das Nações Unidas (ONU) e a União Europeia e chefes de Estado e governo, como a chanceler Angela Merkel e a presidente Dilma Rousseff.
Além da mandatária, a Petrobras também foi espionada pela agência. Após a descoberta, Dilma cancelou uma visita de Estado a Washington e apresentou, junto com a Alemanha, uma resolução na Assembleia Geral da ONU pedindo uma revisão mundial da espionagem. O texto foi aprovado em novembro passado. No entanto, o Brasil não propôs até agora uma investigação na Justiça. A CPI da Espionagem do Senado terminou em abril sem identificar responsáveis, tampouco sem apontar quem foram os principais alvos e objetos da vigilância feita pelo governo dos EUA. Quando Merkel visitou o presidente Barack Obama em maio, repórteres perguntaram se a confiança foi restabelecida . Ela respondeu apenas: "temos algumas dificuldades a superar".
RIO
— Apesar dadeterminação
do Superior Tribunal de Justiça (STJ)para que os funcionários do Instituto
Brasileiro de Museus (Ibram) e do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico
Nacional (Iphan) encerrem a greve, os museus federais do Rio de Janeiro seguem
fechados para visitação na manhã desta quinta.
Após a decisão do STJ, divulgada na tarde
de ontem, o comando nacional de greve da cultura se reuniu e decidiu continuar
no movimento de paralisação. Os servidores também alegam não terem recebido
ainda a notificação judicial da decisão, o que retardaria o retorno às
atividades normais.
Os servidores da Cultura estão em greve
desde o dia 12 de maio. Na decisão do STJ, divulgada na tarde de ontem, também
está prevista a penalização de qualquer prática de cerceamento à livre
circulação de cidadãos e de turistas, que ocupam os pontos turísticos do país
por conta da Copa do Mundo.
No Estado do Rio de Janeiro, importantes
museus seguem de portas fechadas, como o Museu da República, o Museu Histórico
Nacional, o Museu Nacional de Belas Artes, os Museus Castro Maya, o Museu
Villa-Lobos e o Museu Casa de Benjamin Constant.
O prefeito de Petrópolis, na Região Serrana do Rio, Rubens Bomtempo, foi condenado pela 1ª Câmara Cível por improbidade administrativa e dano ao erário (dinheiro) público. Ele é acusado de contratar o Banco Bradesco para fazer o pagamento dos servidores municipais sem a realização de processo licitatório e de não esclarecer onde foram investidos os R$ 5 milhões recebidos de contrapartida. Em entrevista coletiva na tarde desta quarta-feira (28), o prefeito afirmou que a cidade não teve prejuízo financeiro e que a verba foi aplicada na obra do Centro Histórico. Ele foi notificado nesta segunda-feira (26) e vai recorrer da decisão. O processo foi aberto pelo Ministério Público Estadual com base no relatório feito pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE). O acórdão datado da última quarta-feira (21) determina a suspensão dos direitos políticos do prefeito por sete anos e prevê que Bomtempo seja multado em R$ 100 mil. A condenação em segunda instância foi feita pela desembargadora Maria Augusto Vaz E. Figueiredo. Bomtempo tem cinco dias, a partir da data da notificação, para recorrer. O relatório feito pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE) indica irregularidades na troca do Banco do Brasil, responsável pela folha de pagamento até 2006, pelo Bradesco. O problema seria a falta de um processo de concorrência pública, o que, segundo Bomtempo, não era necessário na época. “Quando eu assumi não havia a obrigação de licitar ou conveniar diretamente com qualquer instituição financeira para prestar serviço ao município”, pontuou o prefeito. O documento aponta ainda a ausência de esclarecimentos sobre o destino dos R$ 5 milhões e a falta de critérios que justificassem o acordo com o banco. O prefeito afirmou que o dinheiro recebido do Bradesco foi aplicado nas obras de reforma da Rua do Imperador. “Precisávamos de recursos naquele momento (2005) e o Bradesco se colocou à disposição para participar deste projeto (de reforma do Centro Histórico)”, disse Bomtempo. O MP não pediu a perda da função pública, ou seja, mesmo condenado, Bomtempo poderá cumprir seu mandato como prefeito. Se mantida a pena, ele ficará sete anos inelegível, entre outras penalidades. Conforme consta na decisão, a multa para a instituição financeira foi estipulada em R$ 200 mil. O Bradesco fica ainda condenado à proibição de contratar com o Poder Público (federal, estaduais e municipais) ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios (públicos). Em nota, o Bradesco afirmou que “o assunto está sub judice e o banco não comenta”. Atualmente, o pagamento dos servidores é feito pela Caixa Econômica Federal.
Brazil’s President Dilma Rousseff, who is running for re-election in October, is starting to look desperate. Her approval ratings show why: at 37 percent they’re near the lowest since she was elected in 2010. Rousseff’s electoral bread-and-circus tactics suggest the brand of paternalistic politics Brazil can expect if she wins again. Let’s start with the circus. Rousseff’s administration recently postponed a planned tax increase on beer and soft drinks until after hosting the World Cup next month. The president knows that the success of the global soccer tournament will affect her chances at the ballot box. Brazilians are already furious about overspending on unfinished stadiums that many feel came at the expense of social programs and public services. Then there’s the bread. Last month, the president raised cash transfers to the poor by 10 percent (well above Brazil’s 6 percent inflation rate), under the popular Bolsa Familia welfare program. She also cut personal income taxes. Higher cash handouts irked opponents so much the government was forced to publicly defend their legitimacy. Rousseff's latest tack is to try scaring voters. The president’s Worker’s Party launched a radio and television campaign with the slogan: “Brazil does not want to turn back”-- the idea being that her opponents would somehow reverse Brazil’s progress. But Rousseff has already done plenty to set back Brazil. For starters, state meddling in the economy and misguided incentives have inflicted so much harm that Brazil’s labor productivity sits at levels little changed since the 1970s. Investment in Brazil fell to 18 percent of gross domestic product last year, below the 20 percent level the country posted in 2010, the year before Rousseff took office, according to Moody’s. In another sign of economic retreat, Moody’s estimates that generous state spending and slowing economic growth will push Brazil’s debt levels to 59 percent of GDP this year, second only to the 60.9 percent Brazil posted back in 2009 amid the global financial crisis. Brazil's weak economic performance is one reason Moody’s cut the country’s credit score in March. Public services are so poor that Brazil’s frustrated middle class turned its back on Rousseff last year, with a series of massive street protests. Her administration is also responsible for the energy subsidies that have turned national oil company Petrobras into an over-indebted, money-losing behemoth. Petrobras shares have declined 34 percent since Rousseff took office. Sadly, Rousseff seems to want more state intervention. The president’s campaign manager, Rui Falcao, has called for less independence for the central bank and for capital controls during a second Rousseff term. No doubt Brazil’s Bolsa Familia -- which gives poor families cash in exchange for vaccinating children and sending them to school -- has promoted more educated, healthier Brazilians. Rousseff’s administration also did much to promote more bank lending that enabled millions of Brazilians to consume more. But that was the easy part. Brazil needs more than cheap beer and energy subsidies. A tax take -- at 36 percent of GDP, higher than that of its peers -- is squeezing companies and consumers. Red tape and rigid labor laws make Brazil one of the world's most costly countries for running a business.
Rousseff may be worried about her political future, but she could still get re-elected in a runoff vote. Brazilians should be concerned about a president who seems to be unaware of how much her policies have hurt Brazil.