A economia em desaceleração já foi sentida nos supermercados. De janeiro a outubro as vendas caíram 1,02% no comparativo com o mesmo período de 2014. E essa queda no faturamento deve persistir em novembro e dezembro e acumular recuo de cerca de 1,5% em 2015. Será o primeiro ano desde 2006 em que as vendas no varejo de alimentos apresentam retração. Naquele ano, a queda foi de 1,59%.
— Até setembro, estimávamos estabilidade nas vendas este ano no comparativo com 2014. Mas, percebemos a diminuição do ritmo de crescimento do setor. E, agora, mesmo com as vendas de novembro e dezembro, com as festas de final de ano, o faturamento deverá ser negativo e atingir os níveis perto dos apurados em outubro, cerca de 1,5% —, disse o vice-presidente da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), João Sanzovo.
Segundo dados da Abras, em outubro a queda foi de 1,56%, na comparação com o mesmo mês do ano de 2014 em valores reais, ou seja, deflacionadas pelo IPCA/IBGE. Já as vendas em valores nominais apresentaram alta de 9,78% em outubro, em relação ao mês anterior e, quando comparadas a outubro do ano passado, alta de 8,21%. No acumulado, as vendas nominais cresceram 7,58%.
— O consumidor está mudando seus hábitos desde que a inflação começou a ser sentida mais fortemente na renda familiar. Isso é refletido a queda no volume de vendas de produtos considerados premiums ou supérfluos. As idas aos supermercados também diminuíram. O nosso setor, que é o de alimentos, assim como o de farmácias, são os que mais demoram a sentir a recessão da economia, porque, as pessoas não deixam de comer e se medicar —, afirmou Sanzovo.
Em outubro, a cesta de produtos Abrasmercado, pesquisada pela GfK e analisada pelo Departamento de Economia e Pesquisa da ABRAS, registrou alta de 0,60%, passando de R$ 415,25, em setembro para R$ 417,74 em outubro. A Região Nordeste foi a que registrou a maior alta de preços no mês passado 2,46%, chegando a R$ 359,50. A Região Norte foi a única que apresentou queda -3,68%, atingindo o valor de R$ 454,59.
segunda-feira, 30 de novembro de 2015
sexta-feira, 2 de outubro de 2015
Preços de imóveis recuam pelo segundo mês consecutivo
Os preços
dos imóveis caíram pelo segundo mês consecutivo no país. Em setembro, a queda
foi de 0,12% frente a agosto, em 20 cidades pesquisadas pelo Índice FipeZap.
O recuo
foi puxado por Rio (-0,52% no mês, o segundo maior entre as cidades pesquisadas
pelo Índice FipeZap) e outras sete cidades: Porto Alegre (-1,26%),
Florianópolis (-0,31%), Contagem (-0,22%), Brasília (-0,16%), Niterói (-0,15%),
Goiânia (-0,09%) e Recife (-0,04%).
No
acumulado do ano, a média das 20 cidades registra alta de 1,38%, índice bem
abaixo do IPCA esperado para o período, de 7,58%, o que resulta em queda real
(descontada a inflação) de 5,76% em 2015.
Já no acumulado de 12 meses
terminados em setembro, a variação foi de 2,63%, contra IPCA de 9,43%. Assim,
os preços médios no país tiveram queda real de 6,21% nos últimos 12 meses.
Quatro
cidades, porém, já registram desvalorização também no acumulado do ano: Rio
(-0,41%), Niterói (-2,65%), Brasília (-1,10%) e Curitiba (-0,81%).
Apesar de
os preços estarem cedendo, o metro quadrado na capital fluminense ainda é o
maior do país (R$ 10.538), à frente da segunda cidade, São Paulo (R$ 8.614), e
da média nacional (R$ 7.604).
O
bairro mais no Rio caro é o Leblon (R$ 23.006 por metro quadrado), seguido de
Ipanema (R$ 20.538), Lagoa (R$ 18.107), Gávea (R$ 17.960) e Jardim Botânico (R$
16.936).
O
mais barato é Guadalupe (R$ 3.109), Senador Cmará (R$ 2.852), Coelho Neto (R$
2.715), Pavuna (R$ 2.659) e Cosmos (R$ 2.656).
Os
dois municípios que apresentaram os menores preços por metro quadrado foram
Contagem (R$ 3.567) e Goiânia (R$ 4.175).
segunda-feira, 24 de agosto de 2015
Ivo Pitanguy, é levado para presídio no Rio
O empresário Ivo Nascimento de Campos Pitanguy, que
atropelou e matou o operário José Ferreira da Silva, 44 anos,
na Gávea, Zona Sul do Rio, na madrugada desta sexta-feira (21), recebeu alta do
Hospital Couto no final da manhã deste domingo (23), prestou depoimento na
14ªDP (Leblon) e foi levado para o complexo penitenciário de Bangu, na Zona
Oeste do Rio.
O empresário (de camisa verde no vídeo acima)
manteve o silêncio e não falou com a imprensa ao deixar a delegacia. Ele estava
sob custódia da polícia desde sexta, após ser preso em flagrante. Neste sábado
(22), o empresário teve um pedido de habeas corpus negado pelo Plantão
Judiciário.
Detran pode suspender CNH
O Detran informou na sexta-feira (21) que abrirá um processo para suspensão da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) do motorista por haver atingido o limite de 20 pontos no prontuário de infrações de trânsito entre 2014 e 2015. Em um período de um ano, ele somou 27 pontos até o dia 21 de junho deste ano, segundo o Detran.
O Detran informou na sexta-feira (21) que abrirá um processo para suspensão da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) do motorista por haver atingido o limite de 20 pontos no prontuário de infrações de trânsito entre 2014 e 2015. Em um período de um ano, ele somou 27 pontos até o dia 21 de junho deste ano, segundo o Detran.
Diante da gravidade do acidente, será aberto também
um processo administrativo para que o condutor seja submetido novamente a novo
exame prático para averiguar a sua capacidade de direção de automóveis.
Em nota, a assessoria de imprensa de Ivo Pitanguy informou: "Ivo
Pitanguy e família, consternados e profundamente abalados com o acidente, que
resultou no falecimento de José Fernando Ferreira Silva, prestam sua
solidariedade e se colocam à disposição dos familiares para todas as medidas
necessárias de apoio e auxílio, neste momento de tamanha dor."
Homicídio e embriaguez
Segundo a delegada Monique Vidal, Ivo Nascimento de Campos Pitanguy, que dirigia o carro, responderá por homicídio culposo e embriaguez ao volante.
Em depoimento, de acordo com a delegada, um PM e dois bombeiros que socorreram o motorista afirmaram que ele se recusou a colocar o colar cervical, não queria permitir os procedimentos de primeiros socorros, estava visivelmente alterado e com hálito alcoólico. Ainda de acordo com Monique Vidal, os bombeiros afirmaram em depoimento que em momento algum o motorista se preocupou com a vítima.
Homicídio e embriaguez
Segundo a delegada Monique Vidal, Ivo Nascimento de Campos Pitanguy, que dirigia o carro, responderá por homicídio culposo e embriaguez ao volante.
Em depoimento, de acordo com a delegada, um PM e dois bombeiros que socorreram o motorista afirmaram que ele se recusou a colocar o colar cervical, não queria permitir os procedimentos de primeiros socorros, estava visivelmente alterado e com hálito alcoólico. Ainda de acordo com Monique Vidal, os bombeiros afirmaram em depoimento que em momento algum o motorista se preocupou com a vítima.
O empresário, de 59 anos, é filho do cirurgião
plástico Ivo Pitanguy.
Atropelamento
José Ferreira foi atropelado Rua Marquês de São Vicente, uma das principais da Gávea, na madrugada desta sexta-feira. Ele chegou a ser levado para o Hospital Miguel Couto, também na Zona Sul, mas não resistiu. José trabalhava como operário na obra da linha 4 do Metrô e voltava do trabalho no momento em que foi atropelado. O caso foi registrado na 14ª DP (Leblon).
José Ferreira foi atropelado Rua Marquês de São Vicente, uma das principais da Gávea, na madrugada desta sexta-feira. Ele chegou a ser levado para o Hospital Miguel Couto, também na Zona Sul, mas não resistiu. José trabalhava como operário na obra da linha 4 do Metrô e voltava do trabalho no momento em que foi atropelado. O caso foi registrado na 14ª DP (Leblon).
Como informou o Bom Dia Rio, Ivo perdeu o controle
do carro e invadiu a calçada. Chovia no momento do acidente. O motorista também
ficou muito ferido e foi levado para o Miguel Couto.
Advogados que estavam unidade de saúde prestando
assistência ao motorista confirmaram que representam a família dele. Segundo o
advogado Rafael de Piro, Ivo estava inconsciente na manhã desta sexta-feira.
"A gente ainda não tem muitos detalhes do que aconteceu. O que a gente
sabe é que chovia muito na hora do acidente, como mostram as imagens",
disse Rafael.
A irmã do motorista, Gisela, também afirmou que a
família ainda desconhecia detalhes "Estava chovendo muito, o carro
derrapou e ele entrou dentro de um posto.
Houve um atropelamento", disse. Ela
acrescentou que a família pretendia dar apoio à família do operário.
Familiares
Durante a manhã, os irmãos da vítima falaram sobre o caso no hospital. Segundo Ernani Ferreira da Silva, José morava há dois anos no Rio e trabalhava na obra da Linha 4 do metrô na Gávea. "Me disseram que ele saiu do trabalho às 22h30, estava atravessando no sinal quando o carro veio em alta velocidade. Chegaram a amputar uma perna dele, mas não resistiu", disse o irmão da vítima.
Durante a manhã, os irmãos da vítima falaram sobre o caso no hospital. Segundo Ernani Ferreira da Silva, José morava há dois anos no Rio e trabalhava na obra da Linha 4 do metrô na Gávea. "Me disseram que ele saiu do trabalho às 22h30, estava atravessando no sinal quando o carro veio em alta velocidade. Chegaram a amputar uma perna dele, mas não resistiu", disse o irmão da vítima.
A família do motorista só disse até agora que
lamenta o caso, não entrou em detalhes. Eles vão ter que pagar os danos que
causaram"
Ainda segundo o Ernani, José era casado e tinha
dois filhos. Ele deve ser enterrado em Pernambuco, seu estado natal.
Outro irmão da vítima, Antônio Ferreira da Silva,
estava revoltado. "Meu irmão estava na calçada. Não vou deixar barato. A
família [do motorista] só disse até agora que lamenta o caso, não entrou em
detalhes. Eles vão ter que pagar pelos danos que causaram", disse.
sexta-feira, 21 de agosto de 2015
6 dicas para montar seu plano de negócios
A elaboração de um plano
de negócios é pré-requisito básico para quem quer empreender. O processo
de colocar no papel todos os passos de sua empresa, refletindo sobre a
viabilidade de sua ideia, dá ao empreendedor uma ferramenta de apoio à gestão
que poderá ser passada a todos seus funcionários e parceiros para deixar claro
qual a missão e os objetivos do negócio.
Batista Gigliotti,
coordenador da Fundação Getúlio Vargas, e Alvaro Cardoso Armond, professor da
pós-graduação do Insper, são entusiastas do modelo de plano de negócios
tradicional.
Segundo eles, métodos modernos de planejamento
financeiro como o Canvas Business Model são úteis em diversas situações, mas um
plano bem estruturado se faz necessário quando o assunto é a busca por
investimentos. Confira as dicas dos especialistas para formular seu plano de
negócios:
1. Buscar uma metodologia
Na internet, o empreendedor encontrará diferentes ‘receitas de bolo’ para montar seu plano. Ao invés de adotar algum dos formatos, ele deve buscar uma metodologia para pensar estrategicamente seu negócio.
2. Analisar o mercado
Avaliar detalhadamente a situação do mercado em que irá iniciar a operação é um passo importante. “Verifique o crescimento médio do setor nos últimos anos, os períodos de sazonalidades e os concorrentes, pequenos e grandes”, diz Gigliotti.
1. Buscar uma metodologia
Na internet, o empreendedor encontrará diferentes ‘receitas de bolo’ para montar seu plano. Ao invés de adotar algum dos formatos, ele deve buscar uma metodologia para pensar estrategicamente seu negócio.
2. Analisar o mercado
Avaliar detalhadamente a situação do mercado em que irá iniciar a operação é um passo importante. “Verifique o crescimento médio do setor nos últimos anos, os períodos de sazonalidades e os concorrentes, pequenos e grandes”, diz Gigliotti.
3. Estudar o público-alvo
Após a avaliação do mercado, é imprescindível avaliar o perfil do cliente. Conhecer interesses e hobbies e realizar ações direcionadas para cada público podem ser diferenciais. “Quem garantirá o sucesso da empresa é o consumidor”, afirma Gigliotti.
Após a avaliação do mercado, é imprescindível avaliar o perfil do cliente. Conhecer interesses e hobbies e realizar ações direcionadas para cada público podem ser diferenciais. “Quem garantirá o sucesso da empresa é o consumidor”, afirma Gigliotti.
4. Conhecer o seu diferencial
Reinventar uma necessidade, produto ou serviço é uma tarefa complexa que envolve muitas pesquisas e testes. Expor esse diferencial de maneira eficaz não deverá ser um desafio tão grande. “Logo no sumário é importante deixar muito claro o que é o negócio e porque ele vai dar certo. Entenda qual é o pulo do gato que fará ele ser relevante para o consumidor”, diz Armond.
5. Manter a consistência do discurso
Deve-se manter uma linha de proporcionalidade e de relações de causa e efeito. Aquilo que está escrito no início do plano deve se confirmar na metade e no final dele. “A falta de consistência é o que tira a credibilidade e a vontade da pessoa de continuar lendo depois das primeiras dez páginas”, afirma Armond.
6. Sonhar alto e baixo
Reconhecer em quais áreas a empresa necessitará de suporte caso as coisas não saiam como o planejado pode fazer a diferença na sobrevivência do negócio. Para Armond, é importante apresentar variações de projeções financeiras com cenários otimistas e pessimistas. “Não tem problema algum em fazer estimativas, desde que o empreendedor esteja preparado para justificar todas as premissas”.
Reinventar uma necessidade, produto ou serviço é uma tarefa complexa que envolve muitas pesquisas e testes. Expor esse diferencial de maneira eficaz não deverá ser um desafio tão grande. “Logo no sumário é importante deixar muito claro o que é o negócio e porque ele vai dar certo. Entenda qual é o pulo do gato que fará ele ser relevante para o consumidor”, diz Armond.
5. Manter a consistência do discurso
Deve-se manter uma linha de proporcionalidade e de relações de causa e efeito. Aquilo que está escrito no início do plano deve se confirmar na metade e no final dele. “A falta de consistência é o que tira a credibilidade e a vontade da pessoa de continuar lendo depois das primeiras dez páginas”, afirma Armond.
6. Sonhar alto e baixo
Reconhecer em quais áreas a empresa necessitará de suporte caso as coisas não saiam como o planejado pode fazer a diferença na sobrevivência do negócio. Para Armond, é importante apresentar variações de projeções financeiras com cenários otimistas e pessimistas. “Não tem problema algum em fazer estimativas, desde que o empreendedor esteja preparado para justificar todas as premissas”.
segunda-feira, 6 de julho de 2015
Compra do HSBC Brasil
Os
três bancos interessados em adquirir a operação do HSBC Brasil vão entregar na
segunda-feira as propostas ao Goldman Sachs, que está coordenando a venda da
instituição. Estão no páreo Itaú Unibanco, Bradesco e Santander.
Nesta fase do processo, os três
bancos farão uma “proposta vinculante”, definindo valores e condições firmes
para a aquisição.
No mês passado, a matriz britânica
do HSBC anunciou a decisão de encerrar operações de varejo em Brasil e Turquia.
A expectativa é que o HSBC mantenha no país apenas operações para atender
grandes empresas.
Desde 9 de junho, os concorrentes já
tiveram acesso a números e dados mais detalhados dos negócios do HSBC. Antes,
os três bancos haviam feito ofertas financeiras sem realizar a chamada due dilligence,
credenciando-se para avançar no processo.
O
Bradesco teria oferecido o valor mais alto, segundo uma fonte próxima do
processo, com um lance em torno de US$ 3,4 bilhões (R$ 10,5 bilhões). Analistas
avaliaram a operação brasileira do HSBC entre US$ 3,2 bilhões (R$ 9,9 bilhões)
e US$ 4,6 bilhões (R$ 14,26 bilhões).
O comprador do HSBC Brasil
arrematará uma rede de 840 agências, com 21 mil empregados, dos quais mais de 6
mil trabalham no centro administrativo do banco, em Curitiba. A preocupação com
o destino desses trabalhadores levou parlamentares e lideranças políticas
paranaenses a uma romaria de reuniões esta semana em busca de garantias para a
preservação dos empregos.
sexta-feira, 24 de abril de 2015
De olho em clientes ricos, bancos brasileiros crescem em Miami
Itaú, BTG e XP
expandem equipes no Sul da Flórida
MIAMI - Brasileiros ricos que procuram
escapar da recessão, dos escândalos de corrupção e da turbulência política têm
feito de Miami seu destino preferido. Agora, alguns dos maiores bancos do país
estão com o mesmo fascínio.
O Itaú Unibanco, que é o patrocinador
principal do torneio de tênis de Miami, tem como meta alcançar US$ 12 bilhões
em ativos sob gestão em private banking na cidade americana até
dezembro, um aumento de 9%. O Grupo BTG Pactual está abrindo uma unidade de
gestão de ativos na cidade do Sul da Flórida e a XP Investimentos, que criou um
escritório em Miami no ano passado, está contratando funcionários.
— Toda semana recebo uma ligação de algum
brasileiro tentando encontrar uma forma de viver em Miami — disse Carlos
Gribel, chefe de renda fixa latino-americana da Andbanc Brokerage. — No Brasil,
pessoas de alta renda precisam de carro blindado e segurança. Em Miami, eles
podem viver e passar suas férias mais livremente, mostrando seus barcos, carros
da moda e casas.
Essas pessoas vão precisar de gestores de
suas fortunas por perto. O Itaú, que expandiu a equipe da corretora e da área
de private banking em Miami em cerca de 15% nos últimos três anos, para
160 pessoas, está contratando mais cinco pessoas em 2015, segundo Frances
Sevilla-Sacasa, responsável pela unidade. A XP tem cerca de 20 funcionários em
Miami e planeja contratar mais cinco neste ano, segundo o sócio Bernardo
Amaral. O BTG preferiu não comentar.
Os bancos brasileiros que estão crescendo
na Flórida encontram o caminho aberto deixado pela saída de concorrentes
internacionais. O Royal Bank of Canada decidiu fechar sua divisão de gestão de
fortunas na América Latina, incluindo seus negócios em Miami, em 2013, porque as
baixas taxas de juros internacionais e os custos crescentes impedem o banco de
cumprir suas metas de desempenho, disse Claire Holland, porta-voz do banco com
sede em Toronto. O Barclays, que tem sede em Londres, fechou o private
banking em Miami como parte da estratégia de focar em outros 70 mercados,
disse a porta-voz Kerrie Cohen em um comunicado enviado por e-mail. O BNP
Paribas, maior banco da França, disse no ano passado que venderia sua unidade
de private banking em Miami.
A XP, cujos clientes de gestão de
riquezas têm pelo menos US$ 200 mil para investir com a empresa, aproveitou
essas saídas, abocanhando clientes e funcionários de concorrentes que foram
embora da cidade, disse Amaral. No início deste mês, a XP contratou Tulio
Gargantini e Gabriel Jafet, ambos ex-executivos do RBC e do Barclays, como
diretores dos negócios de gestão de riqueza em Miami.
RESIDENTES
AMERICANOS
O Itaú, cujos clientes da divisão de
gestão de riquezas em Miami geralmente contam com mais de US$ 1 milhão em
ativos líquidos, expandiu suas operações na cidade em 2006, com a aquisição do
BankBoston, que era do Bank of America, e em 2007, com a compra dos ativos
latino-americanos de private banking do ABN Amro Bank em Miami.
Mais recentemente, o Itaú transferiu sua
operação de private banking de Luxemburgo para a Suíça e a Miami. O
banco possui cerca de US$ 20 bilhões em ativos sob gestão fora do Brasil.
— Os brasileiros descobriram que Miami é
um lugar muito interessante para morar, passar férias, ter uma segunda casa —
disse Sevilla-Sacasa. — Algumas pessoas estão fazendo negócios por aqui e
trazendo suas famílias para que se tornem residentes.
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O Itaú não pode trabalhar com clientes
residentes nos Estados Unidos hoje por questões regulatórias, mas poderá mudar
tudo isso no futuro se a empresa decidir realizar ajustes em resposta ao
aumento da demanda.
— Muitos clientes nossos têm apartamento
ou casa em Miami e passam um tempo na Flórida, mas não um tempo suficiente para
serem considerados residentes americanos — disse Sevilla-Sacasa. —Isso pode
mudar no futuro.
A taxa de criminalidade do Brasil pode
convencer mais pessoas a fazerem a mudança de vez. O país teve 23,7 homicídios
para cada 100 mil moradores em 2013, segundo os dados mais recentes do Fórum
Brasileiro de Segurança Pública, enquanto nos EUA a taxa foi de 4,5, segundo o
FBI. No estado de São Paulo, o mais rico do país, os casos de roubos aumentaram
21% em 2014, para 309.948, número mais elevado dos últimos 14 anos, enquanto os
homicídios caíram 3,4%, para 4.294, segundo a Secretaria Estadual de Segurança
Dólar passa a cair, com investidores testando piso dos R$ 3
O dólar
mudou de rumo e operava em forte queda na tarde desta quinta-feira (23), após a
divulgação do balanço da Petrobras, com investidores testando o patamar dos R$
3.
Às 16h18, a
moeda norte-americana tinha queda de 0,95%, negociada a R$ 2,9796 na venda,
após cair 0,63% na sessão anterior. A última vez que o dólar fechou abaixo dos
R$ 3 foi em 4 de março.
Na véspera,
o dólar fechou a R$ 3,0083 na venda, depois de ter caído a R$ 2,9969 na mínima
da sessão.
Na noite de
quarta-feira, a Petrobras divulgou o balanço auditado de 2014, mostrando
prejuízo de R$ 21,6 bilhões, afetado por perdas de R$ 6,2 bilhões por corrupção
e queda em mais de R$ 44 bilhões no valor de seus ativos.
Analistas
destacaram negativamente dados relacionados ao endividamento da estatal e
perspectivas quanto ao fluxo de caixa, bem como o anúncio de não pagamento de
dividendos, embora tenham considerado que a divulgação dos resultados auditados
traz um "alívio".
"Não dá
para achar que está tudo resolvido só porque divulgou o balanço. Isso não está
abrindo uma janela de oportunidade para emissão", disse a Reuters o
estrategista de renda fixa da Coinvalores, Paulo Celso Nepomuceno.
Além do
balanço da Petrobras, a recente queda que levou a moeda norte-americana de
volta à barreira técnica dos R$ 3 também atrai os investidores.
"O
mercado vem testando romper os R$ 3. Nos últimos dias estamos muito no técnico,
às vezes até mais do que no noticiário", disse o economista sênior do Besi
Brasil, Flavio Serrano.
Nesta manhã,
o BC brasileiro vendeu a oferta integral de até 10,6 mil swaps para rolagem dos
contratos que vencem em 4 de maio, equivalentes a US$ 10,115 bilhões. Até o
momento, a autoridade monetária já rolou cerca de 76% do lote total
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