O estresse profissional está se
disseminando entre os executivos de todos os escalões e já se constituiu em
séria ameaça à saúde das organizações. Submetidos
à tensão gerada pela competição do
mercado global, os profissionais são levados muitas vezes ao limite da sua
resistência física e emocional. O estilo de vida inadequado associado a níveis
intoleráveis de estresse é o coquetel que abre as portas do corpo e da mente
para uma série de enfermidades. No mundo globalizado este estado grave de
fadiga física emocional já atinge um em cada quatro trabalhadores europeus.
Esta síndrome manifesta-se através de
sentimentos negativos, de baixa autoestima profissional, e resulta no
desinteresse e falta de motivação para o trabalho. No ambiente corporativo, onde
a cobrança por resultados é cada vez mais implacável, o estresse é a resposta
do indivíduo às dificuldades de relacionamento, à pressão permanente pelo
cumprimento de metas, aos riscos de tomada de decisões, às exigências dos
clientes, à disputa com os concorrentes e mesmo à insegurança
de perder o emprego.
Como não conseguem conciliar o
desempenho profissional
com a preservação da sua saúde estes profissionais
sucumbem ao estresse. São homens e
mulheres movidas
por uma mistura de perfeccionismo,
culpabilização, autocrítica implacável, e um sentimento de onipotência, de
querer fazer tudo sozinho. Tudo isso,
somado à responsabilidade familiar e, por vezes, as dificuldades financeiras,
forma, entre outros, o combustível que abastece o estresse profissional. Posteriormente, estes executivos
já não encontram no trabalho uma forma de realização pessoal, mas um fardo cada
vez mais difícil de carregar.
Esta patologia tem graves
consequências físicas, tais como
dores de cabeça, dores musculares,
insônias, hipertensão,
perda de apetite, dores nas costas e
falta de energia.
Além de consequências psicológicas
sérias como irritabilidade, ansiedade, desinteressante, perda de sentido de
humor, diminuição de autoestima, insegurança, indecisão, falta de concentração
ou hiperatividade. Estudos patrocinados por instituições, como Harvard Business
School, já atestaram há tempos que 80% das consultas médicas estão
originalmente ligadas ao estresse. Já nossas pesquisas, realizadas ao longo de
duas décadas e sustentadas em mais de 70 mil check-ups médicos, acusam a
presença de doenças incapacitantes,
por vezes letais, em indivíduos com
idades cada vez
mais precoces.
Para citar um exemplo: se na década de
1990 o câncer de
próstata ocorria em homens a partir de
60 anos, hoje esta
doença se faz presente em indivíduos a
partir de 45 anos. Este desequilíbrio também traz consequências negativas para a
saúde das empresas, pois resulta em erros na tomada de decisões, isso sem falar
nas faltas, licenças médicas e, evidentemente, na redução da produtividade.
Felizmente a cultura da prevenção da
saúde esta disseminada nas corporações mais modernas e é ferramenta estratégica
das que apostam na estabilidade
funcional de seus quadros como
diferencial competitivo. Empresas são feitas por gente. É necessário e que se
criem estratégias de prevenção e tratamento
intervindo e protegendo a saúde de funcionários.
Nenhum comentário:
Postar um comentário