Os 16 equipamentos, adquiridos pelo custo de US$ 8 milhões pela GRU Aiport, concessionária que administra Cumbica, permitem que os passageiros façam sozinhos o procedimento para entrada ou saída do país. Até hoje, a única maneira era a manual e feita em guichês, por policiais federais ou funcionários de empresas terceirizadas.
“A ideia é que esse modelo possa ser levado para todos os aeroportos do país. Ele dá rapidez, dá segurança para a Polícia Federal, ele permite dar um atendimento de primeira linha como poucos países têm no mundo”, disse o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, após participar da inauguração da nova delegacia da Polícia Federal, no Terminal 3 de Cumbica.
No entanto, o serviço não está disponível para todos. Para acessar o e-gate, é preciso ser brasileiro, ter acima de 18 anos e o passaporte com chip. Os menores de idade precisam da autorização de um responsável para viajar. Os equipamentos estão disponíveis no embarque e desembarque dos terminais 3 (com nove e-gates) e 2 (com sete).
Os passaportes com chip, localizado na capa do documento, começaram a ser emitidos pela PF em 2010. Em 2013, a imigração em Cumbica foi de 11 milhões de passageiros. A estimativa é que 30% desse montante faça o uso dos e-gates, ou seja, cerca de 3,6 milhões de passageiros.
“O passageiro se aproxima [do e-gate], abre o passaporte para ser lido os dados biométricos, biográficos e do chip. É feita uma checagem no Banco de Dados da Polícia Federal, se estiver tudo certo com o passaporte, se não for falso, vai abrir a porta que se fecha em seguida”, explicou o diretor-executivo da Polícia Federal Rogério Augusto Viana Galoro.
Além disso, uma câmera irá fotografar o passageiro e, em seguida, comparar a imagem com a foto impressa no passaporte, “fazendo o reconhecimento facial”, disse Galoro.
Como os passaportes têm prazo de cinco anos de validade, até 2015 todos os documentos expedidos no Brasil terão chip.
A nova tecnologia também permite identificar se o passaporte foi roubado, extraviado e até se o passageiro é procurado e não pode sair do país. “Toda a notificação excepcional vai para um centro de inteligência, o Centro de Controle, e a Polícia Federal vai tomar as providências de acordo com a situação”, declarou Galoro. As decisões judiciais nacionais e dados da Interpol serão identificados pelo sistema.
O procedimento de vistoria dos estrangeiros não sofrerá alteração. “O estrangeiro é preciso analisar o visto, ter o carimbo do passaporte, conferir prazo de estadia”, disse o diretor da PF.
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