sexta-feira, 18 de julho de 2014

Trabuco - Investimento norteará 2015

As eleições presidenciais representam um bônus para a economia brasileira e
não um ônus, como no passado. Dias após a oficialização das candidaturas ao
Palácio do Planalto, o presidente do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco, tem uma
avaliação otimista sobre a economia e diz acreditar que o investimento ganhará
importância como motor da atividade em 2015, independentemente do resultado
das urnas. Ele assinala, porém, que o Brasil precisa mostrar "capacidade de
entrega". Estrangeiros, argumenta, estão aguardando para ver a capacidade do
Brasil de executar suas políticas. Em Londres para receber, pelo terceiro ano
consecutivo, o prêmio de melhor banco no Brasil, concedido pela Euromoney, e
o inédito prêmio de melhor banco de investimento no Brasil para o Bradesco
BBI, Trabuco reconhece que o ritmo da economia tem afetado a expansão das
operações de crédito no País.

Como o senhor avalia a percepção internacional sobre o Brasil? Melhorou nos últimos meses?
Luiz Carlos Trabuco – Penso que o Banco Central mostrou que continua com o radar
focado no controle da inflação e isso foi bem aceito entre os investidores. O Brasil tem exibido consistência macroeconômica e, agora, há expectativa no mercado de que o País faça uma profissão de fé para o futuro e passe a mostrar mais investimento privado e crescimento da economia.
E as eleições afetam essa melhora da percepção?
– Seja com um eventual segundo mandato da presidente Dilma Rousseff ou com um novo governo, acredito que haverá um melhor balanceamento entre o consumo e o investimento para reativar a economia.
Os programas de concessão serviram para medir o interesse e os retornos. Acho que
esse direcional não pode ser perdido de perspectiva. O consumo ainda tem espaço muito forte de crescimento pelas carências das pessoas e da população, mas o drive do crescimento será o investimento.
Para termos mais investimento é essencial o tripé macroeconômico com câmbio flutuante, meta de inflação e política fiscal responsável?
– O câmbio flutuante e a inflação sob controle dão o norte de que o País quer equilíbrio.
Penso que a política fiscal e a política monetária são dois pilares que não dá para
descuidar. Poucos países têm como o Brasil uma carência de infraestrutura derivada da necessidade do setor produtivo. Completar essa infraestrutura dá motivação aos investidores e aos empresários.
O senhor tem conversado com as forças políticas que tentarão as eleições presidenciais? Há comprometimento macroeconômico entre os candidatos?
– Não temos nenhuma audiência específica, mas os candidatos colocados, inclusive a
presidente Dilma, têm demonstrado confiança de que o Brasil tem futuro. No começo do ano, os mercados exageraram um pouco na visão pessimista com o Brasil, o que acabou batendo no valor dos ativos. Os nossos fundamentos são bons, mas temos de realizar. O País tem de demonstrar capacidade de entrega como nunca antes observado. O mundo tem pressa e o Brasil tem espaço na disputa pelos investimentos. Mas o mundo também quer ver nossa capacidade de entrega. As coisas têm de ser entregues.
A economia já sofreu no passado com a disputa presidencial. As eleições continuam um ônus para a economia?
– A ausência de democracia sempre foi um ônus que a sociedade pagou nos preços ou no clima político e institucional. Hoje, a democracia brasileira é um bônus que o País tem.
O Bradesco mantém uma participação minoritária no Banco Espírito Santo em Portugal.
Como a casa acompanha os problemas no banco português? Os senhores já solicitaram explicações aos sócios?
– Temos pouco mais de 3% do capital do BES. Essa é uma posição construída como parte do relacionamento e do pagamento quando compramos o Banco Boa Vista há muitos anos. Esse banco era controlado pelo Credit Agricole e pelo Espírito Santo. Essa é uma participação pequena, que não tem relevância no nosso portfólio e nós não temos presença na administração nem no conselho. Então, não temos nenhuma informação fora as recebidas pela mídia. Evidente que as informações que estão na mídia significam que estamos vivendo um período de definições, de modificação. Mas nós somos expectadores à distância.
Então não há nenhuma ação tomada pelo Bradesco no caso?
– Nenhuma porque não temos administração, não temos gestão, nem presença no Conselho de Administração (do BES). Essa participação só é derivada da compra do Boa Vista. Hoje, nossa vocação como banco de varejo é exclusivamente brasileira, dentro do território nacional. Nós olhamos o mundo da ótica brasileira do banco de investimento, do banco corporativo, do private banking e do asset management com uma estratégia bem definida. Fora do Brasil, nós não temos necessidade com essa estratégia de ter associação com nenhuma outra casa.
Nos últimos anos, o mercado ouviu vários boatos envolvendo supostas conversas entre o Bradesco e o Santander. O Bradesco sempre negou, mas por que ouvimos tantos rumores?
– Esse caso que você cita carece de qualquer fundamento. Nunca existiu e não existe nenhuma conversa a esse respeito. É evidente que o fato de o Bradesco ter uma posição importante no Brasil e uma presença hegemônica no território nacional faz com que qualquer movimento mire no nosso caso. Agora, a estratégia da nossa organização foi definida e está sendo perseguida: nós queremos ser um banco de cobertura nacional. São rumores que não procedem.
Ou seja, não são necessárias novas peças diante do objetivo estabelecido pelos controladores de que o Bradesco seja um banco nacional.
– É isso. Não precisamos de mais peças. Nesta montagem que é o sistema financeiro brasileiro, a composição que, a grosso modo, tem dois bancos públicos federais, dois bancos privados nacionais e dois bancos estrangeiros vai continuar nos próximos anos. Não existe apetite de bancos internacionais para investir fora de seus países de origem até porque os requerimentos de capital inibem casas bancárias a fazer investimentos fora de seus países de origem. Então, aquela visão que tínhamos no começo do século de bancos globais foi revista a partir da crise de 2008. A nossa configuração do sistema
bancário brasileiro está pronta e acabada. Há dezenas de bancos de nicho, mas os bancos que exercem uma função clássica de cobertura nacional são esses seis que estão disponíveis. Todos esses bancos possuem uma estrutura de capital bastante sólida, existe estrutura patrimonial extremamente rígida com grande nível de solvência e margem de alavancagem.
Uma notícia como essa é desprovida de fundamento.
O Bradesco trabalha com a previsão de que o crédito deve crescer entre 10% a 14% este ano. Mas alguns analistas têm dito que os empréstimos têm crescido menos e os senhores devem ficar mais próximos de 10%.
– Ainda não divulgamos o balanço de junho.
Com aquilo que já é público, não pretendemos fazer uma revisão do guidance. O sentimento é que o crédito no nosso caso vai crescer mais na banda inferior do guidance. Não porque estejamos com uma política de restrição ao crédito.
O crédito está totalmente aberto. Nós temos campanhas de desenvolvimento do crédito em todos os segmentos, mas o Produto Interno Bruto (PIB) não tem ajudado. Essa é uma velha discussão: se o crédito puxa o PIB ou o PIB puxa o crédito. Qaundo se faz gestão de risco de crédito e o crédito cresce exageradamente sem o PIB acompanhar, passamos a ter aumento do risco. Nós não tivemos PIB muito favorável em 2013 e 2014. Mas, comparando com o mundo, acho que até temos um desempenho bom.
Essa economia fraca somada à inflação acima da meta e alguma acomodação no mercado de trabalho podem bater na inadimplência?
– A inadimplência está estável.Dados do Banco Central de maio mostram 0,1 ponto
(de alta na inadimplência) e isso não significa que a inadimplência cresceu. Houve
uma mudança de rating mais agravado para determinadas operações. A nossa visão
é que a inadimplência está controlada até o fim do ano.
O julgamento dos planos econômicos que deve ficar para 2015 no Supremo é uma vitória dos bancos?
– Não entenderia como uma vitória. O julgamento tem relevância nas suas repercussões econômicas e os juízes estão esgotando todas as possibilidades de aumentar o debate. Então, o que aconteceu não foi o adiamento, foi uma expansão da consciência para debater o tema com a sociedade. O debate vai decantando e dando aos julgadores uma visão ampliada.
Como a Copa afetou os negócios do banco?
– A Copa não reflete de uma maneira imediata na indústria financeira. O que você teve é que, com feriados e expedientes reduzidos, houve maior exigência no atendimento bancário. O atendimento fica mais concentrado. Mas o que é interessante é que houve crescimento muito forte dos canais remotos, do banco digital. Na semana passada em um dia com expediente reduzido, nós batemos o recorde e clientes fizeram 6,2 milhões transações pelo Bradesco Celular.
E o País sai beneficiado pela organização do mundial?
– Acredito que o legado que a Copa do Mundo deixa no Brasil é importante. Claro que se a gente for avaliar o desempenho da seleção brasileira, acho que temos de olhar para trás com a música ‘Levanta, sacode a poeira e dá a volta por cima’. Com relação ao evento, um fato positivo é que o tivemos exposição de mídia, o que é excepcional. Isso tem um preço
difícil de ser calculado. O retorno da marca Brasil é um objetivo atingido. Outra coisa positiva é que o País se incumbiu de fazer obras. Os estádios ficaram prontos e passam a ser equipamentos urbanos. Houve algumas coisas que não foram entregues, mas obras de mobilidade urbana ou infraestrutura foram planejadas e muitas

foram atendidas. Então, tem um certo ganho. Poderia ter sido mais? Sim. Fica alguma lição? Sim e essa lição tem de ser aprendida para a Olimpíada. 

quinta-feira, 10 de julho de 2014

Passageiros com celulares descarregados serão impedidos de embarcar para os EUA

Passageiros com destino aos Estados Unidos poderão ter que deixar o celular ou computador para trás ou serem impedidos de embarcar caso o aparelho esteja descarregado. De acordo com as novas diretrizes anunciadas pelo Departamento de Transporte americano, não será permitido o embarque de qualquer equipamento eletrônico com a bateria descarregada. O objetivo da medida é que os equipamentos possam ser testados, e assim se comprove que não seriam um dispositivo explosivo.

O Departamento de Transporte adverte para que os aparelhos eletrônicos estejam carregados antes da viagem. "Se o seu equipamento não ligar, ele não terá a entrada permitida na aeronave”, adverte o comunicado.

A nova regra faz parte de uma atualização para as medidas de segurança destinadas a combater potenciais ameaças de terroristas no Oriente Médio e na Europa, depois que a inteligência americana recebeu o alerta de uma ameaça de terroristas com base na Síria e Iêmen. O perigo e envolve os temores de que dois grupos militantes estão desenvolvendo uma “nova geração” de bombas não-metálicas que não seriam detectadas nos aeroportos.

Segundo o secretário americano de Segurança Interna, Jeh Johnson, a nova medida tentará reduzir os riscos em aeroportos no exterior que têm voos diretos para os Estados Unidos. Por enquanto, elas não serão implantadas nos terminais domésticos americanos, e ainda não se sabe que outras regras poderiam ser estabelecidas para governos estrangeiros, companhias aéreas e empresas de segurança privada.

— Nosso trabalho é tentar antecipar o próximo ataque, e não simplesmente reagir ao último. Continuamente avaliamos a situação do mundo, e sabemos que ainda há uma ameaça terrorista aos Estados Unidos. A segurança da aviação faz parte disso — afirmou Johnson.

Um funcionário de segurança interna disse na semana passada que as mudanças se concentram principalmente em aeroportos da Europa e do Oriente Médio. Os passageiros poderão ter inspeções adicionais a calçados e eletrônicos e passar mais vezes pelos detectores de vestígios de explosivos. Além disso, em alguns casos, haverá mais uma etapa na triagem em portões de embarque.

O Departamento britânico de Transportes confirmou na quarta-feira que está intensificando algumas de suas medidas de segurança na aviação após o pedido dos EUA. O mesmo ocorreu na França.

— O Reino Unido tem algumas das medidas mais firmes, e vamos continuar a tomar todas as medidas necessárias para garantir que a segurança pública seja mantida — disse um porta-voz do departamento britânico.




quinta-feira, 5 de junho de 2014

Aécio na Presidência


Sem citar o governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, pré-candidato ao governo do Rio pelo PMDB, o senador Aécio Neves prometeu implementar as Unidades de Policias Pacificadoras (UPPs) em todas as regiões metropolitanas do país caso seja eleito. A promessa ocorreu durante discurso em evento organizado, nesta quinta-feira, por peemedebistas fluminenses, chamado de “Aezão”, em um restaurante na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio.

— Na segurança pública, a omissão do governo federal é quase criminosa. O modelo de UPP será levado para todas as regiões metropolitanas. Vamos aprimorar — disse Aécio sobre projeto inciado no governo Sérgio Cabral.

No fim do discurso, Aécio declarou:

— Me dêem a vitória no Rio de Janeiro que eu dou a vocês a Presidência da República


No Estado do Rio, o PSDB não tem candidatura própria. Aécio Neves não decidiu se dará apoio ao ex-prefeito Cesar Maia do DEM ou se faz uma aliança formal com o PMDB. Neste caso, todo o material de campanha dos peemedebistas seriam confeccionados com o nome e a foto do tucano ao lado de Pezão.

Publicamente o ex-governador Sérgio Cabral, o prefeito do Rio, Eduardo Paes, e Pezão apoiam a reeleição de Dilma, mas no bastidores não trabalham para evitar o movimento Aezão.

No evento, o tucano criticou também a economia, a educação, e a saúde do governo Dilma, além de lembrar do escândalo envolvendo a Petrobras. Aécio ainda atacou o que ele chamou de “cemitério de obras paradas” para a Copa do Mundo.

Pelo menos 54 deputados federais e estaduais, 58 prefeitos e o senador Francisco Dornelles (PP), participam do lançamento do movimento, criado após rompimento da aliança no estado com o PT, que lançou a pré-candidatura ao governo do Rio com o senador petista Lindbergh Farias. A lista de presença tem ainda políticos do PR, legenda do também candidato a governador, o deputado federal Anthony Garotinho, e do PCdoB, que integra a aliança de Lindbergh.

Aécio chegou no local de helicóptero, acompanhado pelo presidente nacional do Solidariedade, deputado Paulinho da Força, e do deputado federal Otávio Leite (PSDB). Ele foi recebido pelo presidente regional do PMDB, Jorge Picciani, líder dos dissidentes do partido. No restaurante, há faixas e banners com as fotos de Aécio e Pezão e com as frases “Estamos com Aécio pelo Rio e pelo Brasil” e “O Rio é mais Aezão, o Rio e Pezão”. No cardápio, além do apoio a Aécio, há churrasco, camarão, saladas e música ao vivo.

De olho na Alemã

A Justiça alemã investigará a espionagem da Agência de Segurança Nacional americana (NSA, em inglês) contra a chanceler Angela Merkel, revelada pelo ex-técnico do órgão, Edward Snowden, segundo anunciou ontem o procurador-geral alemão Harald Range. Range informou que há dados suficientes para avançar com uma investigação oficial. "Investigações preliminares extensivas produziram evidência factual suficiente de que oficiais não identificados de inteligência dos EUA grampearam um telefone celular da chanceler Angela Merkel", aponta um comunicado do gabinete de Range. A investigação será feita contra "pessoas não identificadas" em vez de especificamente contra a NSA. Range disse que não abrirá uma investigação sobre a espionagem das chamadas telefônicas de milhares de alemães, também revelada por Snowden. 

Em 2013, quando Snowden revelou o sistema de vigilância das conversas telefônicas e através da internet dos alemães, inclusive do telefone celular da chanceler, durante vários anos, as relações entre Estados Unidos e Alemanha ficaram abaladas. Pouco depois da denúncia das escutas, Obama pediu desculpas a Merkel e garantiu que elas não se repetiriam. Os sociais-democratas (aliados de coalizão dos conservadores de Merkel) e a oposição (Verdes e a esquerda radical Die Linke) criticaram a decisão de limitar a investigação às escutas da chanceler. "O principal crime alvo de discussão era o da espionagem em massa" contra cidadãos alemães, reagiu o deputado Hans-Christian Strobele, dos Verdes. 

A Alemanha lançou em abril uma comissão de investigação para determinar em que medida os cidadãos e políticos foram alvos da NSA, e se os serviços secretos alemães estavam cientes disso. Alguns legisladores alemães pediram que Snowden fosse convidado a Berlim para depor no inquérito parlamentar, mas o governo rejeitou a ideia, temendo que isso prejudicasse ainda mais as relações bilaterais. Através de Snowden, descobriu-se que a espionagem da NSA atingiu entidades como a Organização das Nações Unidas (ONU) e a União Europeia e chefes de Estado e governo, como a chanceler Angela Merkel e a presidente Dilma Rousseff. 

Além da mandatária, a Petrobras também foi espionada pela agência. Após a descoberta, Dilma cancelou uma visita de Estado a Washington e apresentou, junto com a Alemanha, uma resolução na Assembleia Geral da ONU pedindo uma revisão mundial da espionagem. O texto foi aprovado em novembro passado. No entanto, o Brasil não propôs até agora uma investigação na Justiça. A CPI da Espionagem do Senado terminou em abril sem identificar responsáveis, tampouco sem apontar quem foram os principais alvos e objetos da vigilância feita pelo governo dos EUA. Quando Merkel visitou o presidente Barack Obama em maio, repórteres perguntaram se a confiança foi restabelecida . Ela respondeu apenas: "temos algumas dificuldades a superar".

Encerrem a greve


RIO — Apesar da determinação do Superior Tribunal de Justiça (STJ) para que os funcionários do Instituto Brasileiro de Museus (Ibram) e do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) encerrem a greve, os museus federais do Rio de Janeiro seguem fechados para visitação na manhã desta quinta.

Após a decisão do STJ, divulgada na tarde de ontem, o comando nacional de greve da cultura se reuniu e decidiu continuar no movimento de paralisação. Os servidores também alegam não terem recebido ainda a notificação judicial da decisão, o que retardaria o retorno às atividades normais.

Os servidores da Cultura estão em greve desde o dia 12 de maio. Na decisão do STJ, divulgada na tarde de ontem, também está prevista a penalização de qualquer prática de cerceamento à livre circulação de cidadãos e de turistas, que ocupam os pontos turísticos do país por conta da Copa do Mundo.

No Estado do Rio de Janeiro, importantes museus seguem de portas fechadas, como o Museu da República, o Museu Histórico Nacional, o Museu Nacional de Belas Artes, os Museus Castro Maya, o Museu Villa-Lobos e o Museu Casa de Benjamin Constant.

 

sexta-feira, 30 de maio de 2014

Prefeito de Petrópolis


O prefeito de Petrópolis, na Região Serrana do Rio, Rubens Bomtempo, foi condenado pela 1ª Câmara Cível por improbidade administrativa e dano ao erário (dinheiro) público. Ele é acusado de contratar o Banco Bradesco para fazer o pagamento dos servidores municipais sem a realização de processo licitatório e de não esclarecer onde foram investidos os R$ 5 milhões recebidos de contrapartida. Em entrevista coletiva na tarde desta quarta-feira (28), o prefeito afirmou que a cidade não teve prejuízo financeiro e que a verba foi aplicada na obra do Centro Histórico. Ele foi notificado nesta segunda-feira (26) e vai recorrer da decisão.
O processo foi aberto pelo Ministério Público Estadual com base no relatório feito pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE). O acórdão datado da última quarta-feira (21) determina a suspensão dos direitos políticos do prefeito por sete anos e prevê que Bomtempo seja multado em R$ 100 mil. A condenação em segunda instância foi feita pela desembargadora Maria Augusto Vaz E. Figueiredo. Bomtempo tem cinco dias, a partir da data da notificação, para recorrer.
O relatório feito pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE) indica irregularidades na troca do Banco do Brasil, responsável pela folha de pagamento até 2006, pelo Bradesco. O problema seria a falta de um processo de concorrência pública, o que, segundo Bomtempo, não era necessário na época. “Quando eu assumi não havia a obrigação de licitar ou conveniar diretamente com qualquer instituição financeira para prestar serviço ao município”, pontuou o prefeito.
O documento aponta ainda a ausência de esclarecimentos sobre o destino dos R$ 5 milhões e a falta de critérios que justificassem o acordo com o banco. O prefeito afirmou que o dinheiro recebido do Bradesco foi aplicado nas obras de reforma da Rua do Imperador. “Precisávamos de recursos naquele momento (2005) e o Bradesco se colocou à disposição para participar deste projeto (de reforma do Centro Histórico)”, disse Bomtempo.
O MP não pediu a perda da função pública, ou seja, mesmo condenado, Bomtempo poderá cumprir seu mandato como prefeito. Se mantida a pena, ele ficará sete anos inelegível, entre outras penalidades.
Conforme consta na decisão, a multa para a instituição financeira foi estipulada em R$ 200 mil. O Bradesco fica ainda condenado à proibição de contratar com o Poder Público (federal, estaduais e municipais) ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios (públicos). Em nota, o Bradesco afirmou que “o assunto está sub judice e o banco não comenta”. Atualmente, o pagamento dos servidores é feito pela Caixa Econômica Federal.

segunda-feira, 19 de maio de 2014

Brazil's President Is Running Scared

Brazil’s President Dilma Rousseff, who is running for re-election in October, is starting to look desperate. Her approval ratings show why: at 37 percent they’re near the lowest since she was elected in 2010. Rousseff’s electoral bread-and-circus tactics suggest the brand of paternalistic politics Brazil can expect if she wins again.
Let’s start with the circus. Rousseff’s administration recently postponed a planned tax increase on beer and soft drinks until after hosting the World Cup next month. The president knows that the success of the global soccer tournament will affect her chances at the ballot box. Brazilians are already furious about overspending on unfinished stadiums that many feel came at the expense of social programs and public services.
Then there’s the bread. Last month, the president raised cash transfers to the poor by 10 percent (well above Brazil’s 6 percent inflation rate), under the popular Bolsa Familia welfare program. She also cut personal income taxes. Higher cash handouts irked opponents so much the government was forced to publicly defend their legitimacy.
Rousseff's latest tack is to try scaring voters. The president’s Worker’s Party launched a radio and television campaign with the slogan: “Brazil does not want to turn back”-- the idea being that her opponents would somehow reverse Brazil’s progress.
But Rousseff has already done plenty to set back Brazil. For starters, state meddling in the economy and misguided incentives have inflicted so much harm that Brazil’s labor productivity sits at levels little changed since the 1970s. Investment in Brazil fell to 18 percent of gross domestic product last year, below the 20 percent level the country posted in 2010, the year before Rousseff took office, according to Moody’s.
In another sign of economic retreat, Moody’s estimates that generous state spending and slowing economic growth will push Brazil’s debt levels to 59 percent of GDP this year, second only to the 60.9 percent Brazil posted back in 2009 amid the global financial crisis. Brazil's weak economic performance is one reason Moody’s cut the country’s credit score in March.
Public services are so poor that Brazil’s frustrated middle class turned its back on Rousseff last year, with a series of massive street protests. Her administration is also responsible for the energy subsidies that have turned national oil company Petrobras into an over-indebted, money-losing behemoth. Petrobras shares have declined 34 percent since Rousseff took office.
Sadly, Rousseff seems to want more state intervention. The president’s campaign manager, Rui Falcao, has called for less independence for the central bank and for capital controls during a second Rousseff term.
No doubt Brazil’s Bolsa Familia -- which gives poor families cash in exchange for vaccinating children and sending them to school -- has promoted more educated, healthier Brazilians. Rousseff’s administration also did much to promote more bank lending that enabled millions of Brazilians to consume more. But that was the easy part.
Brazil needs more than cheap beer and energy subsidies. A tax take -- at 36 percent of GDP, higher than that of its peers -- is squeezing companies and consumers. Red tape and rigid labor laws make Brazil one of the world's most costly countries for running a business.
Rousseff may be worried about her political future, but she could still get re-elected in a runoff vote. Brazilians should be concerned about a president who seems to be unaware of how much her policies have hurt Brazil.