O empresário Ivo Nascimento de Campos Pitanguy, que
atropelou e matou o operário José Ferreira da Silva, 44 anos,
na Gávea, Zona Sul do Rio, na madrugada desta sexta-feira (21), recebeu alta do
Hospital Couto no final da manhã deste domingo (23), prestou depoimento na
14ªDP (Leblon) e foi levado para o complexo penitenciário de Bangu, na Zona
Oeste do Rio.
O empresário (de camisa verde no vídeo acima)
manteve o silêncio e não falou com a imprensa ao deixar a delegacia. Ele estava
sob custódia da polícia desde sexta, após ser preso em flagrante. Neste sábado
(22), o empresário teve um pedido de habeas corpus negado pelo Plantão
Judiciário.
Detran pode suspender CNH
O Detran informou na sexta-feira (21) que abrirá um processo para suspensão da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) do motorista por haver atingido o limite de 20 pontos no prontuário de infrações de trânsito entre 2014 e 2015. Em um período de um ano, ele somou 27 pontos até o dia 21 de junho deste ano, segundo o Detran.
O Detran informou na sexta-feira (21) que abrirá um processo para suspensão da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) do motorista por haver atingido o limite de 20 pontos no prontuário de infrações de trânsito entre 2014 e 2015. Em um período de um ano, ele somou 27 pontos até o dia 21 de junho deste ano, segundo o Detran.
Diante da gravidade do acidente, será aberto também
um processo administrativo para que o condutor seja submetido novamente a novo
exame prático para averiguar a sua capacidade de direção de automóveis.
Em nota, a assessoria de imprensa de Ivo Pitanguy informou: "Ivo
Pitanguy e família, consternados e profundamente abalados com o acidente, que
resultou no falecimento de José Fernando Ferreira Silva, prestam sua
solidariedade e se colocam à disposição dos familiares para todas as medidas
necessárias de apoio e auxílio, neste momento de tamanha dor."
Homicídio e embriaguez
Segundo a delegada Monique Vidal, Ivo Nascimento de Campos Pitanguy, que dirigia o carro, responderá por homicídio culposo e embriaguez ao volante.
Em depoimento, de acordo com a delegada, um PM e dois bombeiros que socorreram o motorista afirmaram que ele se recusou a colocar o colar cervical, não queria permitir os procedimentos de primeiros socorros, estava visivelmente alterado e com hálito alcoólico. Ainda de acordo com Monique Vidal, os bombeiros afirmaram em depoimento que em momento algum o motorista se preocupou com a vítima.
Homicídio e embriaguez
Segundo a delegada Monique Vidal, Ivo Nascimento de Campos Pitanguy, que dirigia o carro, responderá por homicídio culposo e embriaguez ao volante.
Em depoimento, de acordo com a delegada, um PM e dois bombeiros que socorreram o motorista afirmaram que ele se recusou a colocar o colar cervical, não queria permitir os procedimentos de primeiros socorros, estava visivelmente alterado e com hálito alcoólico. Ainda de acordo com Monique Vidal, os bombeiros afirmaram em depoimento que em momento algum o motorista se preocupou com a vítima.
O empresário, de 59 anos, é filho do cirurgião
plástico Ivo Pitanguy.
Atropelamento
José Ferreira foi atropelado Rua Marquês de São Vicente, uma das principais da Gávea, na madrugada desta sexta-feira. Ele chegou a ser levado para o Hospital Miguel Couto, também na Zona Sul, mas não resistiu. José trabalhava como operário na obra da linha 4 do Metrô e voltava do trabalho no momento em que foi atropelado. O caso foi registrado na 14ª DP (Leblon).
José Ferreira foi atropelado Rua Marquês de São Vicente, uma das principais da Gávea, na madrugada desta sexta-feira. Ele chegou a ser levado para o Hospital Miguel Couto, também na Zona Sul, mas não resistiu. José trabalhava como operário na obra da linha 4 do Metrô e voltava do trabalho no momento em que foi atropelado. O caso foi registrado na 14ª DP (Leblon).
Como informou o Bom Dia Rio, Ivo perdeu o controle
do carro e invadiu a calçada. Chovia no momento do acidente. O motorista também
ficou muito ferido e foi levado para o Miguel Couto.
Advogados que estavam unidade de saúde prestando
assistência ao motorista confirmaram que representam a família dele. Segundo o
advogado Rafael de Piro, Ivo estava inconsciente na manhã desta sexta-feira.
"A gente ainda não tem muitos detalhes do que aconteceu. O que a gente
sabe é que chovia muito na hora do acidente, como mostram as imagens",
disse Rafael.
A irmã do motorista, Gisela, também afirmou que a
família ainda desconhecia detalhes "Estava chovendo muito, o carro
derrapou e ele entrou dentro de um posto.
Houve um atropelamento", disse. Ela
acrescentou que a família pretendia dar apoio à família do operário.
Familiares
Durante a manhã, os irmãos da vítima falaram sobre o caso no hospital. Segundo Ernani Ferreira da Silva, José morava há dois anos no Rio e trabalhava na obra da Linha 4 do metrô na Gávea. "Me disseram que ele saiu do trabalho às 22h30, estava atravessando no sinal quando o carro veio em alta velocidade. Chegaram a amputar uma perna dele, mas não resistiu", disse o irmão da vítima.
Durante a manhã, os irmãos da vítima falaram sobre o caso no hospital. Segundo Ernani Ferreira da Silva, José morava há dois anos no Rio e trabalhava na obra da Linha 4 do metrô na Gávea. "Me disseram que ele saiu do trabalho às 22h30, estava atravessando no sinal quando o carro veio em alta velocidade. Chegaram a amputar uma perna dele, mas não resistiu", disse o irmão da vítima.
A família do motorista só disse até agora que
lamenta o caso, não entrou em detalhes. Eles vão ter que pagar os danos que
causaram"
Ainda segundo o Ernani, José era casado e tinha
dois filhos. Ele deve ser enterrado em Pernambuco, seu estado natal.
Outro irmão da vítima, Antônio Ferreira da Silva,
estava revoltado. "Meu irmão estava na calçada. Não vou deixar barato. A
família [do motorista] só disse até agora que lamenta o caso, não entrou em
detalhes. Eles vão ter que pagar pelos danos que causaram", disse.