Um dos desafios do mundo científico é encontrar um tratamento eficaz para uma doença cuja sobrevida não ultrapassa os cinco anos. Assim é o câncer de pâncreas. Por não ter sintomas claros, quando descoberto, o mal normalmente está em estágio avançado. Nos Estados Unidos, por exemplo, 40 mil pessoas são diagnosticadas todos os anos com a enfermidade em diferentes estágios, fazendo com que a taxa de sobrevivência seja de apenas 5%. Ruim, essa estatística se repete em boa parte dos países e se mantém inalterada por mais de três décadas. Com a urgência em mente, pesquisadores da Universidade de Minnesota, em Minneapolis, desenvolveram uma droga à base de uma planta tradicional da medicina chinesa e perceberam que ela foi capaz de inibir e matar as células cancerígenas. A descoberta foi publicada na edição de hoje da revista Science Translation.
De acordo com Ashok Saluja, um dos autores do estudo e presidente da Associação Internacional de Pancreatologia, além da descoberta tardia, a agressividade dos tumores e, principalmente, a falta de quimioterápicos eficientes contribuem para o prognóstico ruim da doença. A cura só pode ser alcançada com cirurgia, mas, como apenas de 10% a 20% descobrem a enfermidade no estágio inicial, essa alternativa é muitas vezes descartada. Outro problema é que 40% dos pacientes apresentam a doença metastática — caso em que só resta a terapia paliativa
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